Após cobrança de Pacheco, Barroso diz que não quis ofender bolsonaristas

Após receber duras críticas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso divulgou nova nota nesta quinta-feira, 13, para se retratar sobre a fala feita ontem no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ao palestrar na abertura do evento, Barroso disse que “nós derrotamos o […]

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(Reprodução, Agência Brasil)

Após receber duras críticas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso divulgou nova nota nesta quinta-feira, 13, para se retratar sobre a fala feita ontem no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ao palestrar na abertura do evento, Barroso disse que “nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.

Barroso alega que sua fala se referia a extremistas que se manifestaram no 8 de janeiro e que são, segundo ele, minoria. O ministro afirmou que não quis ofender todos os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que tem o “maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas”.

Mais cedo, Pacheco disse que a fala indignou senadores bolsonaristas e de outros campos políticos. “Espero é que haja por parte do ministro Luís Roberto Barroso uma reflexão em relação a isso, eventualmente uma retratação no alto de sua cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal e prestes a assumir a presidência da Suprema Corte”, disse o presidente do Senado em pronunciamento organizado de última hora em frente a seu gabinete.

Leia a íntegra da nota de Barroso:

Na data de ontem, em Congresso da União Nacional dos Estudantes, utilizei a expressão quando na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas.