A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro  informou neste sábado (17) que ele deve deixar a cadeia só na segunda-feira (19) e ficará em domiciliar em um imóvel da família dele em Copacabana. O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu pela sua soltura por considerar excessivo o tempo de prisão preventiva em uma das ações de que ele é alvo.

Preso desde 2016, Cabral cumpria prisão preventiva por conta de um processo da Lava Jato que tramita em Curitiba. A Segunda Turma da Suprema Corte avaliou, porém, que a prisão preventiva, que deveria ser temporária até uma decisão definitiva (em última instância), já se estendia muito. Para o ministro do STF Gilmar Mendes, a prisão dele “representava a antecipação do cumprimento da pena”.

Agora, a defesa do ex-governador aguarda a expedição do alvará de soltura pela do Paraná, o que deve acontecer em breve.

O advogado Daniel Bialski informou que Cabral teve a prisão preventiva transformada em domiciliar em outros processos – estes relativos à Operação Eficiência, em dezembro de 2021, sobre ocultação de patrimônio ilegal, e, em março deste ano, no processo da Operação Calicute.

Bialski acredita que ele só consiga sair da prisão na segunda-feira, final da tarde, em razão dos trâmites legais.

Segundo o advogado, Cabral “vai cumprir toda as determinações de uma prisão domiciliar, com saídas só sendo permitidas para ir ao médico, para alguma emergência”.