Mulher foi presa na segunda-feira (29) suspeita de matar o amigo para assumir a identidade dele e ficar com seus bens. O caso aconteceu em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.

Conforme investigação da Polícia Civil, Maryana Elisa Rimes Paulo, de 49 anos, usou a identidade da vítima, Marcelo do Lago Limeira, por mais de um ano e movimentou cerca de R$ 1 milhão do patrimônio dele.

A suspeita é uma mulher trans que trabalha como cantora e maquiadora teria conhecido Marcelo em festas. Ele vivia sozinho e teria começado o procedimento de transição de gênero para também ser reconhecido como mulher.

A última vez que a vítima foi vista foi quando ela fez uma cirurgia no rosto. Marcelo estava com o rosto coberto e foi visto entrando em casa.

Depois disso, Maryana passou a morar na casa, como se estivesse cuidando dele. Porém, a polícia acredita que ela tenha o matado dentro da casa, com doses excessivas de remédios. Assim, iniciou plano de assumir a identidade e os bens dele.

Maryana assumiu identidade de Marcelo

Um comparsa ajudou Maryana a se livrar do corpo. Eles alugaram uma chácara no interior do estado e queimaram o corpo de Marcelo. Tentaram enterrar os ossos, mas acabaram abandonando-os em uma estrada vicinal.

Ao voltar, ela assumiu o lugar dele, enganando funcionários do cartório.

Assim, ela passou a receber dinheiro dos aluguéis das casas de Marcelo e uma ajuda financeira mensal que ele recebia da tia.

Farsa foi descoberta

O plano ocorreu bem até abril deste ano, quando Maryana tentou movimentar o dinheiro da vítima, mas apresentou a mesma procuração no banco. A gerente suspeitou e acionou a polícia.

Não foi só pelo dinheiro

Os investigadores calcularam que Maryana e seu comparsa movimentaram cerca de R$ 1 milhão da vítima, mas ela não queria somente o dinheiro. A polícia acredita que ela não gostou de saber que Marcelo queria se transformar em mulher e que ele ficaria mais bonita do que ela.

“A Mariana se ressentia muito porque ela acredita que, após a cirurgia de transição de gênero, o Marcelo ficaria uma mulher mais atraente, mais bonita que ela própria”, disse o delegado Cristiano Sacrini ao G1.

Os dois devem responder a processo por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos.