Após fala nazista, Monark se justifica e podcast perde patrocínios: ‘Estava bêbado’

O influenciador defendeu o partido nazista no Brasil

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Mozark no podcast Flow
Mozark no podcast Flow

Bruno Aiub, de 31 anos, mais conhecido como Monark, foi alvo de críticas na manhã desta terça-feira (8) nas redes sociais. Isso porque durante seu podcast Flow realizado na última segunda-feira (7) o youtuber e influenciador defendeu o partido nazista no Brasil.

Durante o podcast que teve a presença dos deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB), Monark tocou no assunto “liberdade de expressão” alegando que o Brasil devia liberar um partido nazista e pessoas que se intitulam “antijudeus” conforme o site Trends BR.

O apresentador foi rebatido por Tabata que afirmou que o nazismo coloca a população judaica em risco. Monark insistiu na sua ”tese” questionando: ”As pessoas não têm o direito de ser idiota?”. O apresentador ainda perguntou para a deputada como o nazismo coloca os judeus em risco, sem ao menos considerar o Holocausto na 2º guerra mundial que matou milhões de judeus.

O deputado Kim Kataguiri também entrou na discussão declarando seu apoio ao povo judeu. Nas redes sociais, o parlamentar se posicionou dizendo: “É inconcebível em 2022 achar que o nazismo possa ter espaço. É uma ideologia genocida que assim como o comunismo, só trouxe destruição”.

 

Perda de patrocínios

Como previsto, a fala do youtuber vai custar caro para o podcast. Alguns patrocinadores já se posicionaram sobre o assunto nesta terça-feira (8) sobre a ruptura da parceria após o acontecido.

Cartão de benefícios Flash, a FFERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), a Puma são alguns dos patrocinadores que se manifestaram nesta terça-feira (8). As plataformas do YouTube e Spotify ainda não se manifestaram.

Pedido de desculpas

Na tarde desta terça-feira, Monark publicou um vídeo em suas redes sociais pedindo desculpas e alegando ter feito as gravações bêbado e que esse seria o motivo das declarações a favor do partido nazista.

“Queria só pedir desculpas mesmo, porque eu errei, a verdade é essa. Eu estava muito bêbado e fui defender uma ideia, uma ideia que acontece em outros lugares do mundo, nos Estados Unidos, por exemplo. Mas, eu fui defender essa ideia de um jeito muito burro, eu estava bêbado e falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica”, afirmou Monark.

Nazismo no Brasil

No Brasil, é considerado crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação do nazismo, conforme o artigo 1º da Lei 7.716/89. Caso seja caracterizado o ato de divulgar ou comercializar materiais com ideologia nazista, a pena pode variar entre um a três anos de prisão e multa.

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