Mulher é detida no sábado após xingar Bolsonaro em Resende, no Rio

O presidente foi à cidade para participar de uma solenidade militar de formatura na Academia Militar das Agulhas Negras

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Uma mulher foi detida por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na manhã de sábado, 27, após xingar o presidente Jair Bolsonaro, em Resende (RJ). Após ser encaminhada para Delegacia da Polícia Federal (PF) em Volta Redonda, vizinha a Resende, a mulher foi liberada. O presidente foi à cidade para participar de uma solenidade militar de formatura na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).

Para justificar a detenção da mulher, cuja identidade não foi revelada, a PRF citou os artigos 140 e 141 do Código Penal, que preveem reclusão de um a três anos, nos casos de injúrias proferidas em meio a várias pessoas e contra pessoas com mais de 60 anos. A pena pode ser aumentada em um terço se a vítima for o presidente da República ou o chefe de um governo estrangeiro.

Bolsonaro chegou a Resende ainda na noite sexta-feira, 26, após participar de outra cerimônia militar, no Rio. O xingamento aconteceu no caminho entre o Hotel de Trânsito da Aman, onde o presidente dormiu de sexta para sábado, e a sede da instituição militar.

É um trajeto de pouco mais de um quilômetro, ou cinco minutos de carro, por uma avenida que é marginal da Rodovia Presidente Dutra. O deslocamento da comitiva do presidente e de convidados da cerimônia de formatura deixou o trânsito lento nas vias marginais próximas à Aman na manhã de sábado.

Em nota, a PRF informou que a comitiva de Bolsonaro se deslocava pela via marginal, por volta das 9h35, parando para cumprimentar agentes policiais que trabalhavam na sua segurança e para acenar para apoiadores, “como sempre faz”, quando “a passageira de um veículo Ford/Fiesta, ao passar pelo presidente, proferiu várias palavras de baixo calão e xingamentos dirigidos à pessoa de Bolsonaro”.

Em seguida, ainda conforme a nota da PRF, agentes da corporação abordaram o veículo, qualificaram a mulher e a conduziram para a delegacia da PF. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, na delegacia, foi lavrado um termo circunstanciado, e a mulher foi “liberada após assumir compromisso de comparecer em juízo, como determinar a lei”. Como a injúria é um crime de menor potencial ofensivo, não há prisão.