A Ituna-Itatá, no Pará, teve recorde de desmatamento em 2019, de acordo com uma série histórica do governo, baseada em dados desde 2008. Foi a maior área desmatada em quilômetros quadrados e o maior aumento percentual de 2018 a 2019 entre as demais terras monitoradas.

Neste domingo (16), o antropólogo Edward Luz foi detido após tentar barrar uma ação do Instituto Brasileiro do () e se recusar a deixar área da terra indígena. Ele alegou que as fiscalizações haviam sido suspensas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O ministro, por sua vez, disse não conhecer o homem e defendeu a ação do instituto.

Os dados que mostram as taxas anuais de devastação na terra indígena são do sistema Prodes, mantido pelo governo federal e responsável por gerar os dados oficiais de desmatamento no Brasil.

A Ituna-Itatá tem 142 mil hectares, está em processo de demarcação e é protegida por uma portaria que estabelece “restrição de uso” desde 2011. Isso significa que a área está reservada para estudos e não pode ter outra destinação. As pesquisas investigam a suspeita de que o local abrigue povos isolados, ou seja, indígenas que não têm contato com o resto da população nem com outras tribos (leia mais abaixo).