Na manhã desta quarta-feira (8), a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em saúde, Mayra Pinheiro, e o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, se reuniram na Câmara dos Deputados para discutir novas ações à Política Nacional de Saúde Mental do Brasil, para que sejam feitas melhorias do atendimento nesta área do SUS (Sistema Único de Saúde).

O encontro foi promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias e onde uma das propostas é a qualificação para profissionais do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para que exista um aprimoramento do atendimento em saúde mental.

Outro projeto é que exista o Disque 196, primeiro serviço telefônico do Brasil onde os profissionais da saúde estarão disponíveis para atender e orientar pacientes com doenças ou transtornos mentais. As duas propostas estão previstas para começar em 2021.

“Estamos reestudando a política de saúde mental no SUS. A prioridade do é acabar com o estigma ao paciente com transtorno mental.  Em janeiro, o Ministério da Saúde começa o treinamento de profissionais do SAMU para ampliar o tratamento adequado a esses pacientes. Em fevereiro, também teremos treinamento para os profissionais que atendem nos serviços da Atenção Primária”, destacou a secretária Mayra Pinheiro.

Também será criado pelo Ministério da Saúde, um grupo de trabalho com representantes da pasta, do , (CFM) Conselho Federal de Medicina, Associação Brasileira de Psiquiatria, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que será encarregado de analisar, discutir, aprimorar, revogar e criar novos instrumentos para a garantia do cumprimento da Nova Política Nacional de Saúde Mental, aprovada pela (CTI) Comissão Intergestores Tripartite, em dezembro de 2017.

“O modelo que estamos conversando e negociando com os órgãos representativos é com o intuito de tornar a assistência à saúde mental no âmbito do SUS mais acessível e resolutiva à população brasileira”, reforçou o secretário Raphael Parente.

A agência saúde divulgou que existem mais de 100 portarias relacionadas à saúde mental com diretrizes no tratamento e assistência aos pacientes e familiares, com necessidades relacionadas a transtornos mentais e quadros de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas.

Com novas análises de especialistas na área, nota-se que diversas portarias estão ultrapassadas, o que confunde gestores e dificulta o trabalho de monitoramento e efetiva consolidação das políticas de saúde mental.

Em uma atualização, a sugestão é que o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial e dos Consultórios de rua passem a ser de âmbito do Ministério da Cidadania, por não se tratarem de equipamentos médicos e serem destinadas, exclusivamente, ao acolhimento e reabilitação social.

Ações na pandemia

Durante a pandemia, foram destinados R$ 650 milhões para os municípios adquirirem medicamentos essenciais para tratamento de transtorno mental. Também foram mais R$ 99 milhões para melhorias no CAPS e a parta busca capacitar profissionais da saúde para o atendimento adequado às pessoas com transtornos mentais.

Para os profissionais da saúde e sociedade que deseja entender e aprender um pouco mais, estão disponibilizadas algumas videoaulas no site do do governo: coronavirus.saude.gov.br/capacitacao