Maia pede que Bolsonaro adie provas do Enem por causa da pandemia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou nesta quinta-feira (14) que pediu ao presidente Jair Bolsonaro o adiamento da aplicação de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, em virtude da pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19. “Um pleito importante que eu fiz ao presidente, e ele ficou […]
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou nesta quinta-feira (14) que pediu ao presidente Jair Bolsonaro o adiamento da aplicação de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, em virtude da pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19.
“Um pleito importante que eu fiz ao presidente, e ele ficou de avaliar, disse que é muito importante e que havia uma demanda muito grande da Câmara, é o adiamento do Enem. Ele ficou muito sensível, ficou de avaliar e dar uma resposta”, disse Maia. O parlamentar esteve no Palácio do Planalto para conhecer o Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19 (Ccop) a convite dos ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Braga Netto, da Casa Civil.
Os estudantes têm até 22 de maio para se inscrever no exame, cujas provas, neste ano, poderão ser feitas também online. O Enem impresso será aplicado nos dias 1º e 8 de novembro e a versão digital, em 22 e 29 de novembro. No entanto, alunos de todo país têm relatado, nas redes sociais, dificuldades de acesso à internet e problemas para estudar o conteúdo do exame.
Com a confirmação da data de aplicação do exame pelo governo, deputados e senadores têm apresentado propostas para que as provas sejam adiadas. Na Câmara, líderes partidários têm pressionado o presidente da Casa para construir alternativas que assegurem que alunos não sejam prejudicados em virtude da pandemia. Entre as propostas, de autoria do deputado Alexandre Frota (PSDB/SP), propõe o adiamento da aplicação da prova por 60 dias.
Diálogo
Em entrevista coletiva após o encontro, Rodrigo Maia defendeu o diálogo entre o governo e Câmara dos Deputados para enfrentar a crise em saúde pública provocada pela pandemia da covid-19. O parlamentar tem sido alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro, segundo o qual, Maia atuaria para prejudicar o governo e se beneficiar politicamente.
“Eu disse a ele [Jair Bolsonaro] que devemos encontrar os pontos que nos unem, que todos temos o mesmo objetivo, que é cuidar da vida dos brasileiros e olhar o pós-pandemia”, afirmou o deputado. “Divergimos sobre a questão do isolamento, mas isso não pode nos dividir. [É] importante que todos possam voltar a sentar à mesa”, disse Maia.
“Os conflitos geram insegurança e a perda da confiança da sociedade, neste momento em que os que têm responsabilidade do diálogo estão confrontando. O meu papel institucional é levar ao presidente a pauta da Câmara e mostrar o que estamos fazendo. Temos a divergência do momento do isolamento, mas isso não pode nos dividir”, acrescentou o congressista.
Maia afirmou ainda que as reformas administrativa e tributária voltarão à pauta de votações da Câmara dos Deputados nas próximas semanas. Segundo Maia, a reforma administrativa deverá ter outro tamanho e a tributária poderá incluir outros temas, como a renda, além da reforma no setor de bens e serviços.
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