Imposto de transações digitais é ruim, mas imposto na folha é pior, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a criação de um tributo sobre transações digitais como única forma possível para compensar a desoneração da folha de salários. “Toda vez que falarem que o imposto de transações é cumulativo, eu repito que o imposto sobre a folha é mais cumulativo. Se falarem que esse […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a criação de um tributo sobre transações digitais como única forma possível para compensar a desoneração da folha de salários. “Toda vez que falarem que o imposto de transações é cumulativo, eu repito que o imposto sobre a folha é mais cumulativo. Se falarem que esse imposto sobra transações é ruim, o imposto sobre folha de pagamentos é muito pior e muito mais destrutivo”, afirmou, em participação no Painel Telebrasil 2020.
Ele apontou que o País tem hoje 40 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho – um desemprego em massa, nas palavras dele – devido ao altos impostos excessivos sobre a folha de pagamentos.
“Temos que tentar desonerar a folha. Não adianta tentar interditar esse debate”, completou Guedes, em referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que por diversas vezes já rechaçou o debate de um tributo nos moldes da extinta CPMF. “Ou falamos sobre o imposto de transações digitais com ampla base, ou não vamos conseguir desonerar a folha”, completou.
Guedes ainda reclamou a tentativa do Congresso Nacional em derrubar o veto presidencial à prorrogação por mais um ano da desoneração da folha para 17 setores. “Todo mundo quer dinheiro para a Educação, quer desonerar um setor que tem lobby em Brasília. Eu gostaria que aqueles que falam contra o imposto sobre transações dissessem onde vão arrumar recursos para desonerar a folha. De onde virão os recursos, vão botar imposto onde? Eles nos devem essa resposta”, questionou.
IVA
O ministro da Economia disse que o governo estuda uma maneira de cobrar menos tributos dos setores de Telecomunicações, Saúde e Educação, mas condicionou a redução de alíquotas à discussão do imposto único com os Estados na reforma tributária. Para o ministro, a redução de alíquotas também depende da aprovação de um novo tributo sobre transações digitais, com base ampla de arrecadação.
Guedes entregou ao Congresso Nacional no fim de julho a primeira fase da proposta de reforma tributária do governo, com a criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) para substituir o PIS e a Cofins. Pelo projeto da equipe econômica, a alíquota do novo tributo será de 12% para todos os setores – incluindo serviços.
“Discutimos um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) mais barato para Telecomunicações, Saúde e Educação, mas precisamos primeiro acoplar com a proposta dos Estados para discutirmos uma alíquota menor para alguns setores. Podemos durante essa conversa analisar essa alíquota menor. O Brasil tem mais de 100 regimes tributários hoje”, afirmou o ministro, na participação que teve no Painel Telebrasil 2020.
Guedes lembrou que, para reduzir alíquotas de alguns setores, é necessário compensar essa arrecadação em outras frentes. O problema, segundo ele, é que as atuais bases tributárias não permitem novas elevações. Por isso, o ministro voltou a defender a criação de um tributo sobre transações digitais – que a equipe econômica insiste em diferenciar da extinta CPMF.
“Queremos desonerar a base de consumo e achar outra base ampla o suficiente, com uma alíquota baixa, para podemos desonerar as outras bases. O governo de Jair Bolsonaro não vai mandar proposta de aumento de impostos. Queremos simplificar e reduzir o número de impostos”, completou o ministro.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Furacão Milton ganha ‘Big Brother’ com câmeras ao vivo na internet
- VÍDEO: Sob alerta de tempestade, Campo Grande registra rápida chuva de granizo
- Vereador que não conseguiu reeleição morre três dias após eleições em MS
- Casal é feito refém por mais de 8 horas e amarrado durante roubo em sítio de MS
Últimas Notícias
Após chuva rápida, quatro bairros de Campo Grande têm queda parcial no fornecimento de energia
“Causas seguem em análise, contudo, na ocorrência em questão, não há envolvimento de transformador”, afirmou Energisa
Idosa, passageira de veículo da saúde de Paraíso das Águas morre em acidente na BR-060
Ana Maria voltava de consulta médica em Campo Grande, a qual havia acabado de receber o diagnóstico de câncer
Em Campo Grande, 62,7% dos consumidores planejam comprar presente neste Dia das Crianças
Gasto médio está estimado em algo entre R$ 100,00 e R$ 200,00 por criança
Polícia cumpre mandado contra homem que ameaçou com arma e estuprou enteada de 10 anos em Campo Grande
Como tinha mandado de prisão por violência doméstica, ele acabou preso
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.