O Ministério da Saúde zerou o estoque de esquipamentos de proteção para profissionais da área que estão atuando no combate à pandemia de coronavírus no país, informou hoje reportagem do jornal carioca O Globo.

A pasta distribuiu 40 milhões de itens a estados e municípios e tenta comprar cerca 720 milhões de produtos, sendo 200 milhões de máscaras.

O Globo ainda afirma que fornecedores chineses de parte da encomenda alegaram não poder entregar conforme combinado, devido à alta demanda em decorrência da pandemia. Uma compra robusta do Estados Unidos, segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez com que alguns contratos brasileiros “caíssem”. 

Diante do problema, o Ministério da Saúde teria recorrido a outros selecionados e espera receber do quinto fornecedor. No entanto, o ministro ressaltou receio de que, em cima da hora, a empresa informe que não pode entregar.

Mandetta destacou, porém, que por enquanto as secretarias locais de Saúde estão abastecidas com o material. No entanto, o pico da epidemia é previsto para este e os próximos dois meses. O ministro fez um apelo a gestores estaduais e municipais que também façam suas compras de equipamentos de proteção individual. As declarações sobre problemas nas compras foram dadas em coletiva de imprensa na Palácio do Planalto nesta quarta-feira.

Mandetta disse que, no caso de respiradores, importantes para pacientes graves, fornecedores que já tinham sido contratados disseram que não tinham mais estoque para atender.

Ontem, o ministro recomendou o uso de máscaras de TNT (tecido-não-tecido) até para os brasileiros que não estiverem apresentando os sintomas, mas precisem sair de casa. Ele afirmou que negociou a confecção de máscaras desse material com setores da indústria têxtil.