A vacina contra o novo coronavírus já está se tornando uma realidade mundial, com pesquisas avançadas o planeta está cada vez mais perto de uma gigantesca campanha de vacinação. Apesar do otimismo, com a chegada da vacina, o Brasil pode enfrentar um novo problema, a falta de seringas.

É isso que alerta a Abimo (Associação Brasileira de Produtores de Itens Hospitalares), segundo publicação do site Metrópoles, o superintendente da Abimo, Paulo Henrique Fraccaro, explica que o país corre o risco de repetir o problema já visto na falta de respiradores no mercado.

Fraccaro explica que, hoje, o Brasil possui três fábricas de seringas, em um ano são produzidos 1,2 bilhão de produtos de todos os tamanhos, sendo que 130 milhões são específicos para vacinas.

O superintendente revela que as indústrias estão preparadas para subir a produção de 1.2 para 1.6 bilhão, mas afirma que para que ocorra é preciso planejamento, pois sem uma real demanda, não ocorrerá aumento na produção.

“O que temos falado para o governo é que não adianta pensar na vacina e depois tentar fazer uma licitação de 300 milhões de seringas para entrega em 60, 90 dias. Se não for fechado um contrato com antecedência, não vai ter”, disse Fraccaro ao Metrópoles.

Ele informou que são preciso quatro meses de antecedência para organizar a produção e dividir a encomenda entre as indústrias a fim de garantir a entrega.

Um problema parecido já ocorreu no país, há duas semanas o governo federal abriu licitação para a compra de 30 milhões de seringas para a vacina contra o sarampo, com entrega imediata, mas nenhuma empresa se candidatou.

Na reportagem do Metrópoles, é dito que o Ministério da Saúde afirma existir um processo em andamento para aquisição de 110 milhões de unidades, o que seria suficiente para as 100 milhões de doses de Oxford que estariam garantidas.