Secretário diz que política de segurança de barragens pode mudar

O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Natural do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, disse nesta segunda-feira (28), que após avaliação do governo federal da tragédia de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), a política nacional de segurança de barragens pode ser revista. Ele avalia que os rejeitos não devem chegar à […]

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(Foto: Divulgação/Presidência da República)
(Foto: Divulgação/Presidência da República)

O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Natural do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, disse nesta segunda-feira (28), que após avaliação do governo federal da tragédia de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), a política nacional de segurança de barragens pode ser revista. Ele avalia que os rejeitos não devem chegar à represa de Três Marias. Além de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul também possui barragens de rejeito, 10 ao todo e dessas, três são classificadas como de dano potencial grave.

Segundo o secretário, a tragédia de Brumadinho “se diferencia muito da de Mariana” e não apresenta um quadro preocupante quanto ao risco de rompimentos de outras barragens na região.

A declaração foi dada ao término da primeira reunião do Ministério de Minas e Energia, com dirigentes da Vale, mineradora responsável pela barragem na mina do Córrego do Feijão, que rompeu na última sexta-feira (25), em Brumadinho.

Alexandre Vidigal reconheceu que pode haver vulnerabilidades em outras barragens, mas que seria “irresponsável” indicá-las sem um rigoroso exame. “Mas também pode não haver. Temos evidências de que o sistema existente funcionava”.

Ele disse que eventuais inconsistências entre dados levantados pelos órgãos públicos e a Vale deverão ser estudados.

Ao defender “uma política de transparência”, Alexandre Vidigal informou que o governo realizará uma série de reuniões para esclarecer o que de fato ocorreu, inclusive com empreendedores do ramo da mineração. “Precisamos nos tornar, nesse momento, parceiros e evitar futuras tragédias”, argumentou.