Secretário: aprovação de crédito para regra de ouro retira incertezas
A autorização para que o governo consiga um crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões retira incertezas que pairavam sobre a economia brasileira. A afirmação é do secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, que comemorou a aprovação do crédito suplementar pelo plenário do Congresso Nacional por 450 votos a 0. “A aprovação do PLN […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A autorização para que o governo consiga um crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões retira incertezas que pairavam sobre a economia brasileira. A afirmação é do secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, que comemorou a aprovação do crédito suplementar pelo plenário do Congresso Nacional por 450 votos a 0.
“A aprovação do PLN 4 [projeto de lei que trata da regra de ouro] retira uma incerteza que estava pairando no quadro atual e permite que caminhemos para medidas que tragam segurança ao país. Com a autorização do Congresso, temos permissão para seguir com a execução orçamentária sem nenhuma quebra operacional”, destacou Rodrigues, em nota oficial.
O secretário lembrou que a não aprovação do crédito suplementar paralisaria cinco programas do governo federal a partir do segundo semestre: o pagamento dos benefícios da Previdência Social, o pagamento de benefícios assistenciais como a renda mensal vitalícia e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Bolsa Família, a reconstrução de municípios afetados por desastres naturais e os subsídios agrícolas para o Plano Safra, a agricultura familiar, a formação de estoques e o fomento às exportações.
Instituída pelo Artigo 167 da Constituição de 1988, a regra de ouro determina que o governo não pode endividar-se para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública. Nos últimos anos, os sucessivos déficits fiscais têm posto em risco o cumprimento da norma, o que tem levado o Tesouro a buscar fontes de recursos para ter dinheiro em caixa e reduzir a necessidade de emissão de títulos públicos.
Apesar da busca de mecanismos alternativos para reverter a queda da receita, como a devolução de títulos públicos por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Orçamento deste ano apontou insuficiência de R$ 248,9 bilhões para cumprir a regra de ouro. Nesse caso, o governo teria de conseguir uma autorização do Congresso Nacional para emitir títulos da dívida pública para financiar os gastos correntes dos cinco programas citados pelo secretário especial de Fazenda.
Por causa do lucro recorde do Banco Central no primeiro semestre do ano passado, a insuficiência de recursos projetada para este ano caiu para R$ 146,7 bilhões. Depois de negociações com o Congresso, o governo conseguiu aprovar o crédito suplementar com o valor original, sob a condição de reverter parte de cortes orçamentários decretados recentemente e derrubar quatro vetos presidenciais.
Na nota oficial, Waldery Rodrigues lembrou que, desde 2014, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registra déficit primário, o que levou o Executivo a recorrer ao Congresso para pedir a aprovação de crédito suplementar. “Em 2019 teremos o sexto ano consecutivo de déficit primário. A não aprovação do crédito poderia nos levar ao descumprimento da regra de ouro. Portanto, a aprovação é importantíssima e imprescindível para o nosso equilíbrio fiscal”, concluiu o secretário.
Notícias mais lidas agora
- Às vésperas de novo aumento da tarifa, Câmara sinaliza liberar milhões de reais ao Consórcio Guaicurus
- Prefeitura terá que aumentar tarifa do Consórcio Guaicurus sob pena de multa de R$ 50 mil por dia
- Enquanto alega ‘dificuldades’ financeiras, Chadid cai em golpe ao sair de shopping mais caro do Brasil
- Travesti que teve 90% do corpo incendiado pedia ajuda para salvar cachorro que sofreu queimaduras
Últimas Notícias
Em meio ao apagamento étnico, indígenas Guató lutam contra classificação de ‘ribeirinhos’
A classificação de povos indígenas como ribeirinhos pode resultar na perda de terras e menor acesso à saúde
Contrato de pavimentação do North Park é prorrogado por mais seis meses
AR Pavimentação e Sinalização Ltda terá mais 180 dias para concluir asfalto e drenagem
Está na lista? Semed convoca aprovados em processo seletivo para auxiliar de manutenção
Os aprovados irão atuar em unidades da Rede Municipal de Ensino
Previsão indica chuvas intensas de 50 milímetros nesta terça-feira em MS
Frente fria e ciclone extratropical favorecem chuvas no Estado
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.