Pelo Twitter, Bolsonaro confirma saída do Brasil da Unasul

O Brasil formalizou a sua saída da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para integrar o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul). A decisão foi formalizada ao governo do Equador, país depositário do acordo, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores. A saída da Unasul também foi confirmada hoje,16, pelo presidente Jair Bolsonaro, […]

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O Brasil formalizou a sua saída da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para integrar o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul). A decisão foi formalizada ao governo do Equador, país depositário do acordo, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores. A saída da Unasul também foi confirmada hoje,16, pelo presidente Jair Bolsonaro, através de seu Twitter.

“Em abril de 2018, os governos do Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Paraguai e do Peru decidiram de forma conjunta suspender a sua participação da Unasul em função da prolongada crise no organismo, quadro que, desde então, não se alterou”, informou o Itamaraty. Apesar do comunicado, pelas regras internacionais o Brasil ainda precisa se manter por seis meses no organismo.

O processo de criação do Prosul, foi formalizado no dia 22 de março em Santiago, no Chile. Na ocasião, representantes de oito países sul-americanos – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Guiana e Peru – assinaram a Declaração de Santiago. Os países apresentaram os requisitos essenciais para integrar o fórum, dentre eles, estarem em plena vigência da democracia com respeito à separação dos poderes do Estado, liberdade e direitos humanos, assim como o respeito à soberania e integridade territorial.

O presidente do Chile, Sebastian Piñera foi o responsável por idealizar a proposta do Prosul que apresenta formato mais flexível, enxuto, menos oneroso e deve se dedicar a iniciativas entre os países do bloco; além de ações conjuntas para o desenvolvimento da região. O espaço deverá abordar de maneira flexível temas de integração em infraestrutura como energia, saúde, defesa, segurança e combate ao crime, e prevenção e manejo de desastres naturais.

As nações que lançaram o Prosul entenderam que a Unasul, da forma como funcionou desde sua criação em 2008, perdeu efeitos práticos, mantendo custos, e passou a disputar decisões sobre temas que já são tratados em outras instâncias, como o Mercosul. O Prosul não deve ter um tratado e não será um organismo, como a Unasul.

Após o lançamento e formalização de saída da Unasul, as instâncias diplomáticas dos países do Prosul agora devem se concentrar em grupos de trabalho para elaborar as bases para a criação da comunidade comum.

Com informações da Agência Brasil