Foguetes de garrafa pet estimulam interesse de estudantes na ciência

Estudantes das cinco regiões brasileiras participam neste fim de semana da Jornada de Foguetes, uma competição educativa em que equipes dos ensinos fundamental e médio projetam réplicas feitas com garrafas pet. Movidos a vinagre ou água, as aeronaves são capazes de alçar voos de mais de 100 metros de distância. A pista de decolagens fica […]

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Estudantes das cinco regiões brasileiras participam neste fim de semana da Jornada de Foguetes, uma competição educativa em que equipes dos ensinos fundamental e médio projetam réplicas feitas com garrafas pet. Movidos a vinagre ou água, as aeronaves são capazes de alçar voos de mais de 100 metros de distância.

A pista de decolagens fica no Hotel Fazenda Ribeirão, em Barra do Piraí (RJ). Além das atividades, os estudantes também aprendem com engenheiros da Agência Espacial Brasileira. Na noite de hoje (9), o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, fará uma das palestras previstas. Pontes já havia participado do evento antes de assumir o ministério, como astronauta e primeiro brasileiro a ir ao espaço.

A jornada faz parte da 13ª Mostra Brasileira de Foguetes e também é organizada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. A coordenadora da mostra, Pâmela Coelho, conta que esta é a primeira edição em que alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental participam da competição.

“A ideia é envolvê-los em um problema sem solução pré-definida e que depende de experimentação. A física costuma ser ensinada através da teoria e não da experimentação e investigação”, diz ela, que critica: “A gente considera que é um erro os jovens conhecerem a ciência só na teoria e não na prática”.

O grupo que participa na competição neste fim de semana é o quinto a lançar foguetes no hotel fazenda este ano. Com um número crescente de participantes a cada edição, os organizadores precisaram dividir os selecionados em oito períodos, que começaram em outubro e se estendem até dezembro. “No ano que vem, serão dez”, conta Pâmela.

Os mais de 1,3 mil estudantes que participam do evento foram selecionados entre milhares que participaram das atividades da mostra em 1,2 mil escolas do país. Para ser selecionado, é preciso projetar um foguete capaz de voar mais de 100 metros de distância.

Ao chegar à jornada, os jovens devem repetir o feito e são premiados de acordo com a distância que conseguem atingir. O foguete dos alunos do ensino médio recordistas da competição atravessou uma distância de 363 metros, mas todos os que superam os 150 metros saem com o troféu de campeões.

O desafio, no caso dos alunos do ensino médio, é fazer um foguete movido a vinagre e bicarbonato de sódio. A aeronave deve manter uma trajetória equilibrada e ter um gatilho preciso para que os combustíveis não entrem em contato antes do voo, já que é uma reação química entre as duas substâncias que coloca o veículo em movimento.

“A gente não dá a fórmula para eles. Eles é que precisam investigar, testar e tudo mais”.

No caso dos alunos do ensino fundamental, o foguete é movido a água e ar comprimido. Além de uma propulsão forte o suficiente, os estudantes precisam calcular uma trajetória perfeita, de modo que a força do lançamento não seja desperdiçada ao longo do voo.

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