Um dos suspeitos pela morte do jogador Daniel Corrêa, Eduardo Purkote Chiuratto, de 18 anos, deixou a carceragem da Delegacia da Polícia Civil de São José dos Pinhais nesta segunda-feira (26). O rapaz foi indiciado por lesão corporal grave.

O delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevisan já havia informado que não possui razão para manutenção da prisão temporária do jovem, já que ele foi preso porque “quebrou o celular, arrombou a porta, teria pego a faca da execução na cozinha”, além de agredir o jogador.

Prisão

Eduardo foi preso depois de ‘surgir’ no depoimento da polícia ouvir algumas testemunhas presentes na festa em que Daniel foi morto. O rapaz foi apontado, além de ser um dos agressores do jogador, como a pessoa que quebrou o celular de Daniel e ter entregou a faca usada no crime.

Segundo a defesa do rapaz, ele estava “no lugar errado, com as pessoas erradas”. O advogado Fábio Vieira afirmou que as pessoas que testemunharam indicando Eduardo como participante do crime “colocaram o Eduardo Purkote na cena do crime”, entretanto, para o advogado isso tudo foi “fantasiado” pelos demais indiciados.

Família

A mãe de Eduardo, Viviane Purkote, negou a participação do filho na morte de Daniel e disse que o rapaz não conhecia a vítima, tampouco se relacionada com a família Brittes. Para ela, Eduardo foi acusado de participar do crime por represália, já que o depoimento do rapaz contradiz o dos demais suspeitos e traz ‘a verdade em seu depoimento’.

Contradição

Eduardo foi ouvido como testemunha, por estar presente na festa em que Daniel foi brutalmente atacado. Em depoimento, o rapaz negou ter ouvido gritos de Cristiana, esposa de Edison, ou ter havido arrombamento da porta do quarto que, segundo depoimento de Edison, aconteceu para defender a esposa de um estupro que sofrera por Daniel.

Suspeitos

O inquérito policial foi concluído e entregue ao MP-PR (Ministério Público do Paraná) no último dia 21, indicando sete suspeitos que devem responder por diversos crimes.

Foram indicados por participar do crime Edison Brittes, que responde por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver; sua esposa Cristiana Brittes, que responde por homicídio, coação de testemunha e fraude processual; a filha do casal Allana Brites, que responde por coação de testemunha e fraude processual.

Além da família Brittes, foram indicados Eduardo da Silva, Ygor King e Deivid Willian da Silva respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, enquanto Eduardo Pukote Chiuratto foi indicado por lesões graves.

Denúncia

O promotor de justiça João Milton Salles, afirmou nesta segunda-feira (26), que Eduardo Purkote pode não ser denunciado pelo MP-PR. O órgão teve cinco dias para oferecer denúncia, que se encerra nesta tarde de terça-feira (27).

A formalização da denúncia referente ao caso será feitia em uma coletiva de imprensa realizada ainda nesta terça.

O caso 

Daniel Corrêa, de 24 anos, foi jogador nas categorias de base do Cruzeiro, passando por vários times conhecidos, como Botafogo e São Paulo. Depois de se recuperar de algumas lesões, Daniel tentava retomar a carreira jogando pelo São Bento.

No dia 28 de outubro o corpo do meia Daniel foi encontrado em um matagal em São José dos Pinhais, no Paraná. O corpo do ex-jogador estava com ferimentos graves no pescoço e com o pênis mutilado. Com a repercussão do caso várias histórias foram contadas..