Tecnologia desenvolvida pela Petrobras pode degradar garrafas PET em menos tempo

Está sendo desenvolvida por pesquisadores do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), uma tecnologia que acelera a degradação das garrafas PET em até sete dias. O novo processo de degradação vai utilizar enzimas de recuperação dos componentes do material das garrafas, aliados a moderadas temperatura e pressão. As pesquisas para o desenvolvimento da tecnologia se […]

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Está sendo desenvolvida por pesquisadores do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), uma tecnologia que acelera a degradação das garrafas PET em até sete dias. O novo processo de degradação vai utilizar enzimas de recuperação dos componentes do material das garrafas, aliados a moderadas temperatura e pressão.

As pesquisas para o desenvolvimento da tecnologia se iniciaram há quatro anos e já é possível analisar a viabilidade do procedimento em grande escala.

As garrafas PET são consideradas uma das maiores inimigas do meio ambiente, uma vez que, só no Brasil, o descarte do material que não é reciclado ultrapassa a 270 mil toneladas. Em âmbito mundial, a produção de garrafas chega a 50 milhões de toneladas ao ano, um perigo principalmente ao ecossistema marinho.

Segundo a companhia, o estudo pretende reduzir o acúmulo do material em lixões e no meio ambiente e, consequentemente, a pegada de carbono. As embalagens são coletadas e levadas a um reator de reprocessamento do material das garrafas onde são moídas e transformadas em unidades mínimas, servindo de material para nova formação de PET, reutilizado pela industria petroquímica.

Outros países como Alemanha, Estados Unidos, Áustria, e Japão também estão desenvolvendo tecnologias com a mesma finalidade, visando reduzir os danos ambientais pelo mundo.

Estudos

No ano passado, a Petrobras e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) fizeram um termo de cooperação entre si, a fim de acelerar o desenvolvimento e aumentar o grau de inovação da tecnologia.

O projeto ainda se encontra em fase de otimização, entretanto, espera-se que em 3 anos possa ser testado em escala piloto. Após os testes do novo processo, a companhia irá procurar parceiros para implementá-lo.

A gerente de biotecnologia da Petrobras, Juliana Vaz Belivaqua, afirmou que a nova tecnologia permitirá que o material reciclado seja aproveitado exatamente com as mesmas caraterísticas do produto original, sem a perda de propriedades e valor, como acontece atualmente.

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