Se provocado, TSE apurará falhas com rigor, diz Rosa Weber

A ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), exaltou nesse domingo (7) o que chamou de clima de “absoluta normalidade” no primeiro turno das eleições. Questionada se estaria preocupada com dúvidas que circulam entre eleitores e candidatos sobre a confiabilidade do processo eleitoral eletrônico, ela reafirmou que, se provocada, a Justiça Eleitoral tem […]

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A ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), exaltou nesse domingo (7) o que chamou de clima de “absoluta normalidade” no primeiro turno das eleições. Questionada se estaria preocupada com dúvidas que circulam entre eleitores e candidatos sobre a confiabilidade do processo eleitoral eletrônico, ela reafirmou que, se provocada, a Justiça Eleitoral tem como apurar e sanar qualquer eventual falha.

“Quando a Justiça Eleitoral irá atuar? Ela vai atuar a partir de impugnações formais. Nessa hipótese, nós vamos apurar com rigor”, afirmou a ministra em entrevista coletiva após a definição do segundo turno na eleição presidencial.

Sobre insistentes afirmações que colocam em dúvida as eleições como um todo, Rosa Weber disse que isso fica no âmbito da compreensão pessoal de cada um. “Eu não posso obrigar que essas pessoas pensem de forma diferente nem fazer juízo de valor. Para isso temos liberdade de expressão em nosso país”.

Bolsonaro

Questionada sobre declarações do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que, pouco depois da definição do segundo turno, disse que se tivesse “confiança no voto eletrônico” teria vencido neste domingo, Rosa Weber reconheceu que isso pode gerar preocupação, mas que não pode “evitar” declarações do tipo.

“Preocupação sempre nós temos, mas nós temos que enfrentar nossas preocupações com tranquilidade. Num estado democrático de direito o bom é isso, que as pessoas possam se expressar, essa é a grande riqueza nossa, nós vivemos numa democracia”, disse a presidente do TSE.

Informações falsas

Presente à coletiva, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, destacou que informações falsas disseminadas com o objetivo de prejudicar o processo serão devidamente investigadas e punidas. “Aqueles que tentaram descaracterizar, desmoralizar ou tentar induzir a possibilidade de fraude no sistema foram investigados ou estão sendo investigados, serão denunciados e serão punidos”, disse.

Jungamnn disse que, até o momento, não há nenhum indício identificado pela Polícia Federal de que qualquer alegação a respeito de fraude nas urnas tenha alguma procedência. A respeito de um vídeo que circulou em aplicativos de mensagens mostrando um eleitor votando com um revólver nos botões da urna, o ministro disse que o local foi identificado e que todos aqueles que votaram naquela seção eleitoral serão interrogados.

Segundo Jungmann, foram abertos 51 inquéritos para apurar eventuais crimes cometidos durante as eleições. Ele informou que, ao todo, 1.848 ocorrências policiais foram registradas em todo o Brasil, e que 389 pessoas foram conduzidas à delegacia.

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