Um soldado da Polícia Militar de São Paulo recebeu elogios formais do comandante Policiamento de Área Metropolitano, na região da Liberdade, por ter investigado e e descoberto que o papel higiênico da corporação tinha apenas 190 mestros, em detrimentos do 300 metros descritos na embalagem.

O caso ocorreu no último dia 19, quando na ajuda de um terceiro sargento, o soldado PM esticou o material no pátio e constatou a irregularidade, no caso, que os rolos vinham com 110m a menos que o informado.

Após descobrir a fraude, o soldado chegou a receber elogios formais da chefia, que destacou que o soldado “é possuidor de um comprometimento ímpar, dedicando-se de forma extremamente profissional durante o recebimento e controle de materiais e fardamentos, como também na distribuição”.

De fato, o soldado evitou prejuízo de 88 mil metros de papel higiênico, já que, de acordo com o documento da Polícia Militar, a nota fiscal apontava a compra de 100 caixas de papel higiênico, com oito rolos em cada.

No mesmo documento, o capitão da PM Helio Fernando Nogueira Segura destaca que o soldado “demonstrou nítidos traços de dedicação à função que executa na seção, associado às virtudes que elevam o nome da Polícia Militar, bem como, a faz orgulhosa de ter em seus quadros um policial de valores notáveis”.

Por meio de nota, a PM afirmou que “a empresa responsável foi acionada e informou que o erro detectado se deu em virtude do equipamento de corte do papel”. A fornecedora destacou que o erro vai ser sanado e novos materiais serão entregues até esta sexta-feira (28).

Veja a nota da PM na íntegra:

“A Polícia Militar esclarece que, em respeito à probidade e a outros princípios legais que regem a Administração Pública, todos os gastos com aquisição de materiais e de serviços devem ser auditados. Assim, é responsabilidade dos policiais militares que trabalham em setores específicos da administração, fazer essa vistoria e, comprovando irregularidades, adotar as providências legais cabíveis a cada caso, garantindo que não haja prejuízo ao Estado e ao Cidadão.

Problemas no fornecimento de serviços e de produtos, sejam intencionais (tentativas de fraude, por exemplo) ou não (erros, imprecisões), já foram detectados durante toda a história da Instituição e os responsáveis foram acionados a fim de que corrigissem e fizessem a correta entrega/ prestação de serviços contratada (além das medidas administrativas e/ou penais devidas a cada caso).

No citado caso a empresa responsável foi acionada e informou que o erro detectado se deu em virtude do equipamento de corte do papel. Informou, também, que o citado erro seria sanado e, posteriormente, entregue o material dentro ainda do prazo estipulado (28 de setembro).”