Decreto atende parcialmente ao pedido do governador Pezão

O Rio de Janeiro amanheceu nesta terça-feira (14), com tropas armadas do Exército reforçando o policiamento.

A liberação foi concedida pelo presidente Michel Temer, na segunda-feira (13), após visita do governador Luiz Fernando Pezão, que fez o pedido alegando a necessidade por conta do aumento no número de pessoas na cidade até o carnaval.

Segundo Pezão, os militares deverão permanecer na região “até depois do carnaval”, mas o decreto do presidente Michel Temer (PMDB) publicado no Diário Oficial, concede a autorização apenas para o período de 14 a 22 de fevereiro, ou seja, até a quarta-feira antes das festas de carnaval.

Segundo noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo, uma fonte do Palácio do Planalto disse que a decisão pela liberação dos militares por um prazo menor se deu porque “não há elementos por enquanto que justifiquem as Forças Armadas ficarem no Estado por mais tempo”.

A solicitação de Pezão foi genérica e citava “aparente estado de tranquilidade” no Rio, porém pedia o emprego das tropas federais em mais de 50 pontos do Estado, incluindo Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, e bairros como Deodoro, centro, Tijuca e Arpoador, além de vias de acesso, como a Avenida Brasil.

O governador alegou ainda que as tropas seriam necessárias por causa da “proximidade dos eventos carnavalescos, época em que o Rio recebe elevada quantidade de turistas”.

O pedido do governador destacou também necessidade da ação dos militares no entorno da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), “durante o período de votação da cessão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) e outras medidas de interesse do governo do Estado, que se inicia em 14 de fevereiro”.

A mesma fonte ouvida pela reportagem disse que o governo viu esse prazo muito estendido “como uma senha” que liberaria a PM do Rio para fazer greve, o que foi considerado “inaceitável”.

A Força Nacional de Segurança Pública já atua no Estado há três semanas. A iniciativa federal prevê que os soldados passem a executar o trabalho que cabe a 12 batalhões da Polícia Militar fluminense.

Foto: André Dusek/Estadão