Objetivo de ações é barrar reformas trabalhista e da previdência

A segunda maior central sindical do país, a Força Sindical, com mais de 2 mil sindicatos filiados, antecipou neste domingo (1) que as centrais sindicais brasileiras estudam uma nova greve geral. As declarações foram feitas durante o evento do Dia do Trabalho, na zona norte de São Paulo, realizado pela Força.

Desta vez o movimento deve ter dois dias de duração – e não um, como no dia 28 de abril e 15 de março. Os movimentos também preparam uma “invasão de trabalhadores” ao Congresso como forma de pressionar governo e parlamentares a não votarem a reforma da Previdência.

Um dos fundadores do Força, o deputado Paulinho da Força (SD), afirmou que a ideia é que o governo e a base parlamentar do presidente Michel Temer (PMDB) sejam pressionados para mudar pontos da reforma considerados prejudiciais aos trabalhadores.

“O que mais tem consenso entre nós é uma convocação dos trabalhadores para uma ida a Brasília, em uma espécie de invasão, próximo à votação da reforma da Previdência. Outra proposta que está sendo defendida é sobre detém dois dias, e não um, de greve geral”, disse Paulinho.

O deputado disse que conversou com Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, que teria sinalizado uma “disposição de negociação” por parte do governo Federal. “Espero que a partir de amanhã haja essa disposição”, definiu.

“Queremos mudanças, e espero que o governo tenha ouvido as manifestações de sexta e as de hoje e, a partir de amanhã, sente para dialogar. Não adianta enfiar goela abaixo uma reforma que as pessoas não aceitam; o presidente Temer tem que entender que ele não é o dono do Brasil, ele é apenas o presidente, e, portanto, tem que dialogar”, encerrou.

(com supervisão de Evelin Cáceres)