Ele tem ‘excelente trato’

Dois personagens centrais da Operação Lava Jato foram lacônicos nesta terça-feira ao serem questionados sobre o que acham da indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, pelo presidente Michel Temer para a vaga aberta pela morte de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF).

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao deixar a reunião do Conselho Nacional do Ministério Público em Brasília, foi cercado por jornalistas que queriam saber o que ele achava da indicação. “Nada”, respondeu.

Já o ministro Edson Fachin, que assumiu o cargo de relator da Lava Jato no STF – função que era exercida por Teori – também foi breve ao comentar . “O presidente indica, o Senado sabatina, o Supremo dá posse”, disse.

Ele também disse que conhece Moraes e que ele tem “excelente trato”. Mas não falou sobre a atuação do ministro da Justiça no âmbito do direito. Os comentários foram feitos em resposta ao questionamento de repórteres na chegada dele à sessão da Segunda Turma do STF,  a primeira dele no colegiado que julga a maioria dos processos da Lava Jato.

Cunha

Fachin também confirmou que manterá na pauta de amanhã, quarta-feira, o julgamento de um recurso do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O julgamento estava marcado pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para esta sessão desde dezembro, a pedido de Teori.

Se o recurso for aceito, Cunha, que está preso desde outubro do ano passado, pode deixar a prisão. O ex-deputado foi ouvido nesta terça-feira pela primeira vez pelo juiz Sergio Moro.