Presos teriam sido decapitados

Pelo menos 80 pessoas morreram durante a rebelião que teve início no domingo (1º) e ainda acontece no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), nesta segunda-feira (2). A informação foi confirmada comandante do Policiamento Especializado (CPE), tenente-coronel Cleitman Rabelo.

Conforme o site A Crítica de Manaus, até o momento, quatro funcionários do presídio ainda são mantidos reféns pelos detentos. Há informações de que o ex-policial Moacir Jorge da Costa, o “Moa”, está entre os mortos. As negociações foram retomadas a partir das 7h desta segunda-feira.

De acordo com a PM, a água que alimenta o presídio foi cortada e a principal exigência dos presos é que seja mantida a integridade física dos rebelados, que seus processos criminais sejam revistos e que alguns presos do semiaberto voltem ao regime fechado. Viaturas da polícia, IML (Instituto Médico-Legal) estiveram durante toda a noite no local, assim como os familiares.

Em coletiva de imprensa na noite deste domingo, o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, revelou que uma guerra interna entre as facções Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC) causou o que Fontes chamou de massacre. “Eu digo massacre porque seis mortos pra mim já é um massacre”.  “Tudo indica que foi ataque de uma facção maior contra uma menor, para eliminar a concorrência”, contou.

Buscas por foragidos

De acordo com o secretário, um grande esforço está sendo empreendido na tentativa de recapturar os presos que fugiram. O Exército vai colaborar nas buscas. Serão feitos sobrevoos na mata que fica em torno do Compaj e do Ipat, onde houve fuga em massa no início da tarde, para tentar encontrar os detentos. Equipamentos que identificam focos de calor serão utilizados nas buscas. Até o momento, 20 presos já foram recapturados.