Com foro privilegiado, Paulo Medina foi acusado de vender sentenças judiciais

Em 2007, o ministro do STJ (Supremo Tribunal de Justiça), foi pilhado em um esquema de venda de sentenças judiciais em benefício de donos de caça-níqueis e bicheiros. Ele foi aposentado compulsoriamente, e até hoje recebe o equivalente a R$ 30 mil por mês.

De acordo com informações do Portal Uol, a demora no julgamento de Medina foi provocada por diversas protelações provocadas pelo foro privilegiado do ministro. 

Na última quinta-feira (16), seu julgamento passou para a primeira instância da Justiça do Rio de Janeiro. Ele foi investigado na Operação Furacão, da Polícia Federal.

A sentença aplicada por conta do crime de venda das sentenças pelo Conselho Nacional de Justiça em agosto de 2010 foi de aposentadoria compulsória. Desde então, o ministro está na folha de inativos do STJ, com vencimentos integrais.

Medina só perderia o direito ao salário se fosse condenado em ação penal. Mesmo tendo sua denúncia aceita no STF (Supremo Tribunal Federal) em 2009, ele manteve o salário, uma vez que não houve condenação.

Nos últimos meses, a defesa de Medina alegou que o ministro sofre de insanidade e teria sido acometido pelo Mal de Parkinson. Os advogados requereram a extinção do processo. O julgamento do pedido caberá aos juízes da Justiça do Rio de Janeiro.

(com supervisão de Ludyney Moura)