Operação da PF investiga esquema de emissão de atestados médicos falsos
Somente em um benefício previdenciário houve prejuízo efetivo de R$177,6 mil
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Somente em um benefício previdenciário houve prejuízo efetivo de R$177,6 mil
Esquema de emissão de atestados médicos falsos é alvo de investigação da Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério do Trabalho e Previdência Social e Ministério Público Federal. Deflagrada nesta sexta-feira (20), a Operação Talante 2 é um desdobramento das investigações que desvendaram um esquema de fornecimento indiscriminado de atestados médicos, ideologicamente falsos, em uma Clínica Médica situada no bairro Bela Aurora, no município de Cariacica/ES.
Somente em um benefício previdenciário, que era mantido de forma irregular, mediante apresentação de atestado e procuração falsos, houve prejuízo efetivo de R$177,6 mil para a Previdência Social, sendo que o prejuízo estimado chegaria a um total de quase meio milhão de reais.
Participaram da Operação 13 policiais federais e dois servidores da Previdência Social. Foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão preventiva.
O esquema consistia em fornecimento de atestados médicos pela Clínica a interessados, mediante pagamento de R$ 50,00, sem a realização de consulta médica. Esses atestados eram apresentados junto à Previdência Social para manutenção de benefícios irregulares, como também em estabelecimento privados. Além disso, servidores públicos de escolas municipais, estaduais e até de prefeituras utilizavam os atestados falsos para justificarem afastamentos ao trabalho.
Após a deflagração da primeira operação, as investigações constataram que o proprietário da Clínica continuava a fornecer atestados médicos falsos a pessoas físicas e atestados admissionais e demissionais, emitidos por pessoa não habilitada, utilizando carimbos de um médico sem o seu conhecimento.
O inquérito será encaminhado ao Ministério Público Federal para análise e oferecimento de denúncia à Justiça Federal em Vitória. O proprietário da clínica responderá pelos crimes de falsificação de documento particular e falsidade ideológica e poderá ser condenado em até 10 anos de prisão.
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