Na presidência do STF, Carmem Lúcia defende transformação do Judiciário

Primeiras falas foram direcionadas aos cidadãos brasileiros 

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Primeiras falas foram direcionadas aos cidadãos brasileiros 

A ministra Carmen Lucia tomou posse, nesta segunda-feira (12), como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e, em seu primeiro discurso, defendeu a transformação no Judiciário, diante da constatação feita por ela e de que a população está descontente com o setor. A ministra também deixou de lado o protocolo da casa, direcionando suas falas aos cidadãos brasileiros.

Carmem vai ocupar o cargo de presidente pelos próximos dois anos e para a ministra, uma transformação no Judiciário é “urgente e necessária”, diminuindo o tempo de duração dos processos. De acordo com Cármen Lúcia, os cidadãos exigem satisfação de seus direitos.

“Há de se reconhecer que o cidadão não há de estar satisfeito hoje com o Poder Judiciário. O juiz também não está. Para que o Judiciário nacional atenda como há de atender a legítima expectativa do brasileiro, não basta, ao meu ver, apenas mais uma vez reformá-lo”, disse a ministra.

A ministra quebrou o protocolo e começou seu discurso dirigindo-se aos cidadãos brasileiros, a quem chamou de “autoridade suprema sobre todos nós, servidores públicos”. De acordo com a regra protocolar, a presidente deveria se dirigir aos integrantes da mesa de convidados, entre eles, o presidente Michel Temer e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

Cármen Lúcia Antunes Rocha tem 62 anos e foi indicada para o Supremo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tomando posse em 2006.

No seu dia a dia na Corte, a ministra mantém hábitos simples, como ir trabalhar em seu próprio carro. Ela é a única integrante do colegiado que não utiliza carro oficial com motorista. A ministra é solteira, não tem filhos e mora em um apartamento funcional do STF em Brasília.

No Supremo, a atuação da ministra pode ser resumida pelo rigor em casos envolvendo corrupção, pela postura firme a favor dos direitos das mulheres e o trato com a “coisa pública”. (Com informações Agência Brasil)

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