‘Listão’ da Odebrecht em delação: ex-governador cobrava 5% de propina

Dinheiro teria sido desviado das obras da Copa de 2014

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Dinheiro teria sido desviado das obras da Copa de 2014

 A Construtora Odebrecht, que fechou acordo de leniência com o MPF (Ministério Público Federal) no âmbito da Operação Lava Jato,  revelou que o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), cobrava propinas de 5% do valor total de obras da Copa do Mundo de 2014 executadas em seu Estado, como a reforma do Maracanã e linhas do metrô.

De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, o pagamento das propinas a Cabral e a outros políticos, era de responsabilidade de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-diretor-presidente da Odebrecht Infraestrutura, preso na 23ª fase da Operação Lava Jato, em fevereiro deste ano.'Listão' da Odebrecht em delação: ex-governador cobrava 5% de propina

Silva Júnior também é suspeito de participação no esquema de corrupção e desvios da Petrobras. Foi na casa dele, que os agentes da Polícia Federal apreenderam planilhas com nomes de políticos e doações.

Nesta relação apreendida aparecem ao menos quatro políticos sul-mato-grossenses, entre eles o atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o ex-governador André Puccinelli (PMDB), e os deputados federais Vander Loubet (PT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM). Todos alegaram que as doações recebidas pela Construtora foram devidamente registradas na Justiça Eleitoral e repassadas pelas Executivas dos partidos.

No caso de Cabral, a PF cruzou informações de mensagens trocadas em Benedicto e Marcelo Odebrecht.

Segundo a Folha, a empresa deve acusar o ex-governador carioca de cobrar propinas, sempre no valor de 5% das obras, de outros empreendimentos tocados pela Construtora no Rio de Janeiro. Apenas na linha 4 do metrô, Cabral teria recebido R$ 2,5 milhões, e ainda não foi computado quanto ele recebeu da obra do Maracanã, que custou R$ 1,2 bilhão.

Ao Jornal paulista Sérgio Cabral afirmou, por meio de uma nota, que só manteve ‘relações institucionais’ com a Construtora e que manifestava sua ‘indignação e repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude.

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