Estudante é atingida em protesto contra Temer e perde a visão do olho esquerdo

Dois fotógrafos foram presos

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Dois fotógrafos foram presos

Uma estudante perdeu a visão de um dos olhos ao ser atingida em uma manifestação, contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, na noite da quarta-feira (31), em São Paulo. Dois fotógrafos foram presos durante a repressão policial. 

Deborah Fabri é aluna da Universidade Federal do ABC e militante do  Levante Popular da Juventude. Ela passou por exames em uma clínica particular e informou pelo Facebook que perdeu a visão do olho esquerdo. 

“Oi pessoal estou saindo do hospital agora. Sofri uma lesão e perdi a visão do olho esquerdo mas estou bem. Obrigada pelas mensagens e apoio logo logo respondo todos!!!”, escreveu.

Na ação policial os fotógrafos Willian Oliveira e Vinicius Gomes foram detidos pela polícia. Vinícius Gomes afirma que seu equipamento de trabalho foi destruído durante a abordagem policial. Ambos permaneceram detidos até por volta das 5 horas.

De acordo com reportagem da Agência Brasil, a também militante do Levante popular da Juventude Laryssa Campaio disse que a truculência da polícia na dispersão da manifestação surpreendeu os manifestantes. “Muita gente nossa foi ferida, como nunca tinha acontecido”, disse em referência às cinco pessoas que foram atingidas por balas de borracha ou estilhaços de bombas de gás. “Foi fora do normal, uma espécie de estado de sítio”, acrescentou sobre a repressão sofrida pela passeata.Estudante é atingida em protesto contra Temer e perde a visão do olho esquerdo

A Secretaria de Segurança Pública de São paulo afirmou que a repressão começou depois que um grupo de manifestantes incendiou montes de lixo e lançou pedras contra os policiais. Segundo o comunicado, um policial militar foi ferido e levado para receber atendimento médico. 

Manifestantes contra o impeachment se reuniram na Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A passeata seguiu então pela Rua da Consolação, quando na altura do cruzamento com a Rua Maria Antônia, a Polícia Militar começou a usar bombas de gás para dispersar o protesto. Manifestantes regiram lançando rojões contra a tropa.

Durante a noite, a polícia continuou a reprimir os participantes do ato que se espalharam pelo centro da cidade. Também foram registradas diversas depredações, incluindo uma agência bancária na Rua da Consolação, uma viatura policial e a motocicleta de um cinegrafista.