Para Temer foi apenas um deslize

Após ouvir explicações do ministro Geddel Vieira o presidente decidiu pela permanência dele na Secretaria de Governo, segundo informações dos assessores do Palácio do Planalto. Geddel é responsável pela articulação política do governo.

Apesar do pedido ao então ministro da cultura, , o presidente avaliou o fato de que Geddel comprou um apartamento no 23º andar, mas o parecer técnico do Iphan autorizou apenas a construção de treze andares, sendo assim o imóvel do ministro ficaria fora, segundo o G1.

Para Temer, Geddel cometeu um erro, mas não é passível de perder o cargo. “O ministro pode ter cometido um deslize, mas não pode ser punido por isso com uma demissão”, disse um assessor do Planalto ao informar a decisão do presidente.

Ainda de acordo com o G1, o assessor lembrou ainda que o caso de Geddel será decidido pela Comissão de Ética Pública da Presidência. O assunto será tratado na reunião da comissão marcada para 14 de dezembro. A discussão é se o ministro feriu o princípio da impessoalidade no serviço público, ao ter feito pedido por um interesse pessoal.

“A Comissão de Ética vai decidir sobre o comportamento dele”, disse o assessor.

O assessor da Presidência Moreira Franco, responsável pela condução do programa de parcerias público-privadas, defendeu a permanência de Geddel no cargo alegando que não seria conveniente sua substituição neste momento em que o Congresso está envolvido com votações importantes para o governo, independentemente do mérito da discussão.

Processo

Nesta segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presidência votou favoravelmente pela abertura de processo para investigar a conduta de Geddel no que diz respeito as acusações que teriam levado à demissão do ministro da cultura, Marcelo Calero, mas um pedido de vista, mais tempo para analisar o caso, de um dos integrantes da comissão adiou o inicio oficial da investigação, conforme informações do G1.

Após pedir demissão, Marcelo Calero disse que o motivo principal de sua saída foi a suposta pressão que sofreu de Geddel para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão subordinado ao Ministério da Cultura, liberasse um empreendimento imobiliário de alto luxo no centro histórico de Salvador. Geddel comprou um apartamento nesse empreendimento.