Prorrogação caberá ao ministro Teori Zavascki após consulta à PGR

A voltou a pedir nesta terça-feira (14) ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, ampliação do prazo para investigar mais 38 políticos supostamente envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras descoberto pela .

Ao todo, foram protocolados pedidos em mais seis inquéritos, além dos 15 que já haviam sido feitos nesta terça para outras investigações do caso, envolvendo 13 parlamentares.

Em 6 de março, Zavascki autorizou a abertura de inquéritos para investigar suspeitos de envolvimento nos crimes investigados na Lava Jato (veja os políticos que estão na lista de investigados – 48 no Supremo e 4 no Superior Tribunal de Justiça).

Os novos pedidos de prorrogação se relacionam às investigações sobre os senadores Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Edison Lobão (PMDB-MA) e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA). Também há pedidos em inquéritos específicos sobre os deputados Nelson Meurer (PP-PR), Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG).

Também foi pedida a prorrogação do maior inquérito relacionado à Lava Jato que tramita no STF, que apura crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Essa investigação envolve no total 35 políticos.

Entre os deputados federais, estão Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Aníbal Gomes (PMDB-CE), Arthur Lira (PP-AL), Dilceu Sperafico (PP-PR), Eduardo da Fonte (PP-PE), Jerônimo Goergen (PP-RS), Sandes Junior (PP-GO), Afonso Hamm (PP-RS), José Olímpio Silveira Moraes (PP-SP), Otávio Germano (PP-RS), Lázaro Botelho (PP-TO), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG), Nelson Meurer (PP-PR), Renato Molling (PP-RS), Renato Balestra (PP-GO), Roberto de Britto (PP-BA), Simão Sessim (PP-RJ) e Waldir Maranhão Cardoso (PP-MA).

O mesmo inquérito investiga o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além dos senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Gladison Cameli (PP-AC), Romero Jucá Filho (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Os demais investigados desse inquérito são os ex-deputados Aline Corrêa (PP-SP), Carlos Magno Ramos (PP-RO), João Pizzolatti (PP-SC), João Leão (PP-BA), Luiz Argôlo (PP-BA), José Linhares (PP-CE), Mario Negromonte (PP-BA), Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), Roberto Teixeira (PP-PE) e Vilson Covatti (PP-RS).

Ainda não foi pedida prorrogação dos inquéritos relacionados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e aos ex-deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Vander Loubet (PT-MS).

Os pedidos de ampliação do prazo ainda serão analisados por Zavascki, relator do caso no STF e responsável por autorizar as diligências da investigação, que podem incluir quebras de sigilo (telefônico, bancário, fiscal) ou mesmo interceptações telefônicas, só autorizadas judicialmente.

É praxe no STF que, antes de decidir sobre a prorrogação, o ministro peça um parecer da Procuradoria-Geral da República, que conduz os inquéritos junto com a Polícia Federal. No início do mês passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu inicialmente 30 dias para realizar as investigações.

 

Pedidos anteriores

Nesta segunda, os pedidos de mais prazo foram apresentados em relação aos inquéritos envolvendo os deputados Eduardo da Fonte (PP-PE), Arthur Lira (PP-AL), José Mentor (PT-SP), Aníbal Gomes (PMDB-CE), Simão Sessim (PP-RJ) e os ex-deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Roberto Teixeira (PP-PE).

Também foram protocolados pedidos para prorrogar as investigações relacionadas ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além dos senadores Benedito de Lira (PP-AL), Lindbergh Farias (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Antonio Anastasia (PSDB-MG). No caso do inquérito sobre o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL), foi pedida autorização para novas diligências.