Nesta terça, ele pediu exoneração da Secretaria de Relações Institucionais

O ex-ministro das Relações Institucionais Pepe Vargas concedeu nesta quarta-feira (8) uma entrevista no Palácio do Planalto na qual primeiro afirmou que recebeu convite da presidente Dilma Rousseff para assumir o cargo de ministro da Secretaria de Direitos Humanos, no lugar de Ideli Salvatti. Mas depois de atender a um telefonema, durante a entrevista, Vargas disse que a nomeação dele ainda não estava confirmada e que, se convidado, aceitará ser o ministro.

O G1 procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para saber se Vargas será nomeado ministro e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.

“A presidenta Dilma me convidou para ir para a Secretaria de Direitos Humanos. Eu coloquei para a presidenta que poderia ajudar o seu governo, o Brasil e o povo através do meu mandato na Câmara, mas a presidenta insistiu, querendo que eu permanecesse na sua equipe”, disse.

Nesta terça (7), Pepe Vargas deixou a Secretaria das Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo, depois que a presidente Dilma Rousseff decidiu transferir as atribuições da pasta para o vice-presidente da República, Michel Temer.

“Dentro dos meus valores, não sou da pessoa que acha que se deve dizer não a um pedido da presidenta da República para ajudar o Brasil. Fiz isso em 2012, para ir para o MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário], fiz isso em dezembro do ano passado para ir para a SRI [Secretaria de Relações Institucionais], e faço agora para ficar na Secretaria de Direitos Humanos. Não tem nenhuma circunstância que me impede de ir para a SDH”, completou.

Em meio à entrevista, no Palácio do Planalto, Pepe Vargas recebeu um telefonema, se afastou para atender e, quando retornou, disse que ainda não havia confirmação de que será o novo ministro porque ainda não tinha sido emitida uma nota oficial.

“A presidenta não confirmou essa questão da SDH, não houve comunicado oficial. O que eu digo é que, se ela quiser me convidar para sua equipe, eu aceito o convite”, declarou.

Ao final da entrevista, indagado sobre o telefonema, disse que se tratava de um assunto pessoal. “Era um telefonema pessoal meu, que diz respeito somente à minha vida pessoal”, declarou.