Adversários na corrida pela Presidência da Câmara tentam fisgar indecisos

Marcada para o domingo, a disputa está acirrada e deve ter um segundo turno

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Marcada para o domingo, a disputa está acirrada e deve ter um segundo turno

Arlindo Chinaglia (PT-SP), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG) chegam à última semana da campanha pela Presidência da Câmara concentrando esforços na tentativa de convencer os colegas a trair a orientação dos partidos. Isso porque a votação para a escolha do novo mandatário da Casa, que ocorre no próximo domingo, é secreta. De acordo com os apoios declarados oficialmente (veja arte), o peemedebista é o favorito na disputa, contabilizando a promessa de voto de 161 parlamentares.

Nos bastidores, no entanto, os três candidatos admitem que há infiéis em todas as bancadas e que é impossível fazer uma conta precisa de quantos votos vão ter no próximo fim de semana. Caso os deputados sigam as orientações dos partidos, a eleição deve ir para o segundo turno, já que nenhum dos quatros candidados anunciados — além dos três, o PSol lançou Chico Alencar (RJ) na semana passada, com o apoio dos cinco parlamentares eleitos pela legenda — deve alcançar pelo menos 257 votos (o necessário para ser eleito).
 

Além da corrida pelos infiéis, os candidatos disputam o apoio oficial de três legendas que ainda não anunciaram a posição na disputa. As bancadas do PP (38 deputados eleitos), PR (34) e PDT (19) vão se reunir esta semana para decidir quem apoiar. “Vamos conversar e decidir sem qualquer influência em quem votar”, diz o líder do PDT, Félix Júnior (BA). Chinaglia, porém, diz a aliados que recebeu do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a promessa de apoio.

No PR, a briga é tão grande que o partido estuda não adotar posição e liberar os deputados para votar em quem quiserem. Embora parte da legenda apoie Cunha, como o líder Bernardo Santana de Vasconcellos (MG), outra ala faz campanha contra o peemedebista. Os adversários são liderados por Anthony Garotinho (RJ), inimigo de Cunha no Rio, base eleitoral de ambos. Garotinho não volta à Câmara este ano, mas tem influência em parte da bancada. Sua filha, Clarissa, que assume em fevereiro, já anunciou que votará em Chinaglia.

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