Entre os depoentes de hoje está Leonardo Meirelles, acusado de ser laranja de Youssef na Labogen

No segundo dia de audiências da Operação Lava Jato na Justiça Federal, uma figura destoou entre a movimentação de advogados, testemunhas e imprensa em frente à sede da Justiça Federal em Curitiba: o músico Marcos Moura. Ele tocava em seu cavaco o “Samba da Lava Jato”, de sua autoria. “É o maior escândalo da história do País. O povo está indignado e eu transformei essa indignação e a esperança de que o Brasil tome jeito em música”, disse Moura.

Ao menos três depoimentos geram grande expectativa entre os advogados envolvidos e a promotoria, neste segundo dia: estão na sala da audiências da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba a ex-gerente da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, que disse ter alertado a presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre os desvios na estatal, a ex-contadora de Alberto Youssef, Meire Poza e o empresário Leonardo Meirelles, acusado de ser “laranja” de Youssef na Labogen e que denunciou que o doleiro teria omitido patrimônio em sua delação premiada.

A audiência de hoje é referente ao processo que envolve a Engevix, construtora acusada de formação de cartel, fraude em licitações e de pagamento de propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Na entrada da Justiça Federal, nenhuma das testemunhas (também vão depor hoje Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Julio Camargo – da Toyo Setal) atendeu à imprensa, nem os advogados dos réus.

O único advogado a dar declaração foi, novamente, Antonio Augusto Figueiredo Basto, que defende Alberto Youssef. Ele disse que poderá aproveitar a audiência para confrontar a declaração de Meirelles sobre a omissão de patrimônio de Youssef.