“Hoje o dia amanheceu mais triste, nossa pequena Lola decidiu descansar, depois de lutar por 26 dias contra uma infecção grave que mesmo usando os melhores antibióticos, os mesmos que sãos utilizados em UTI humana, não conseguimos combater, ela era diabética, hipertensa, tinha câncer de mama, hiperadrenocorticismo (doença hormonal) e tinha um bracinho atrofiado (vítima de um chute de seu antigo dono, que não a levou pro atendimento e o bracinho colou tortinho), e mesmo com dificuldade em andar ela vivia procurando potinhos de ração pra roubar comida, por conta da diabetes ela precisava comer ração especial e controlada, nós a chamávamos carinhosamente de Maria mijona, um probleminha também devido a diabetes que fazia com que ela urinasse muito e sempre em muito volume, foram quase 7 anos de idas e vindas da clínica, consultas com especialistas e muito amor envolvido. A Lola foi resgatada por mim (Aline) junto com sua filha Pipa, mas na época eu estava com 12 cães em casa e pedi ajuda pra tia Lu, minha vizinha que prontamente aceitou ter a guarda compartilhada delas, e não são somente elas que temos juntas, ainda tem a Mali e o Zerinho, a tia Lu sempre foi um anjo em nossas vidas, mas no último ano muita coisa aconteceu, seu esposo precisou fazer um tratamento especial e muito difícil no interior de São Paulo, foi quando a Lolinha passou a ficar em casa comigo, e acho que ela sentiu muita a falta da tia Lu, as coisas começaram a mudar na saúde dela, e os vários exames e diagnósticos começaram a aparecer, foram muitas consultas, muitas internações, muitas medicações, e nos últimos 26 dias toda a luta que vocês acompanharam no meu Instagram, na segunda transfusão de sangue precisei pedir ajuda de vocês porque as despesas estavam ficando altas demais, e mesmo sendo veterinária eu preciso pagar pelos serviços prestados pelos colegas e confesso que nesse caso eu deixei de ser veterinária e passei a ser a mãe, a tutora dela, cada exame era uma angústia e um desespero em tentar fazer o melhor por ela, tive ajuda da Dra Thatiana (endocrinologista) que acompanha o tratamento das doenças hormonais dela, da Dra Cristiane (oncologista) que atende ela há 4 anos clinicamente porque como disse a vocês, sou mãe e não veterinária, nesses últimos dias a Dra Jakeline (nefrologista) foi fundamental pra me dar forças, uma pessoa incrível que saiu da sua clínica, do seu descanso de fim de semana pra ir pessoalmente avaliar e fazer exames mais específicos na Lola, ajuda da Dra Amanda e Dr Jorge (Centro de hematologia veterinária) que forneceram as duas bolsas de sangue que da usou, Dr Diogenes e Dr Marcelo que faziam os ultrassons de uma dona desesperada, Dra Karin que sempre que eu precisava fazia os exames de sangue com muita rapidez, e não preciso nem comentar da equipe que cuidou dela diariamente, que mimou, que acariciou, que limpou, que medicou, que acalentou minha pequena, cada um da equipe da Vetmania, onde eu trabalho foram fundamentais durante esses dias, confesso que houve dias em que eu olhava pra ela e pensava, minha pequena não vai aguentar e eu pedia a todos, por favor, não a deixem sofrer, e eu ouvia deles: “Calma, ela é forte” e eu acreditava em nisso, e ela realmente foi forte, com todas aquelas alterações que os exames dela estavam apresentando eu não entendia como ela estava conseguindo ser tão guerreira, talvez explicar pra você que está lendo o quão grave eram os exames dela não fizesse tanto sentido mas a infecção estava tão alta que assustava qualquer veterinário que olhasse o exame dela e a olhasse alerta, consciente. Sim, ela parou de andar, parou de comer, teve que ser sondada para não ficar urinada, e os dias foram passando, uma transfusão de sangue e ela pareceu estar melhor, nossa fé permanecia firme, alguns dias depois decidimos passar a sonda esofágica para podermos alimentar ela, e veio mais um exame ruim, mais uma transfusão de sangue, e o rabinho abanando me dava aquela sensação de “estamos indo no caminho certo”. Ontem saíram os resultados de novos exames, ainda graves, ela precisava repor eletrólitos, cálcio e bicarbonato, no final do dia a primeira convulsão, e a luta das veterinárias em tentar restabelecer os sinais vitais dela, controlaram a pressão arterial que havia baixado demais, e minuto a minuto tentavam controlar a glicemia que também havia baixado demais, mais uma convulsão e o quadro dela estava mais grave. Falei no ouvido dela: “nós te amamos muito, ficaremos bem aqui, eu e a tia lu sentirmos saudades mas queremos que você descanse em paz, sabemos que você lutou bravamente, pode ir …” e talvez 1 hora depois ela partiu, e como costumo dizer, agora é a mais linda estrela brilhando no céu. Não foi uma batalha perdida, foi uma luta ganha diariamente, cada hora, cada minuto foram importantes, uma lição que fica pra todos nós. Agradeço imensamente a ajuda emocional e financeira que tive nessa última semana, ainda preciso de ajuda pra pagar a continha dela que estou devendo e pra que eu possa ajudar muitos outros animais. Há cinco anos atrás perdi um dos meus filhos que era paralítico e naquela época conheci uma cadelinha chamada Mocinha, e sua tutora escreveu um livro chamado Diário de uma mocinha e o lema era Desistir nunca foi uma opção, e hoje carrego isso pra minha vida.Desistir Nunca foi uma opção! Vá em paz Lola! ” – Médica Veterinária Aline Harada .
 
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