A cidade de Nova York é referência para toda e qualquer forma de arte. Nela estão alguns dos principais museus do mundo, exibindo desde a arte pré-histórica vista no Museu Metropolitan até a produção mais recente, em exibição neste momento, na Bienal de Arte Contemporânea 2019, do Museu Whitney.

Abrindo caminho para a arte urbana. A Galeria Phillips, em Nova York, está oferecendo para venda, de 14 de janeiro a 10 de fevereiro, cerca de 20 obras, incluindo uma dúzia do artista
britânico Banksy, no valor de US $ 25.000 a US $ 4 milhões. Encontraremos obras ao mesmo tempo emblemáticas e raras do artista com a identidade secreta.

Os admiradores de Banksy, o afamado artista urbano de quem não se conhece a identidade, já não têm de passar os olhos pelas paredes das cidades à procura de obras da sua autoria.

Todas estas iniciativas acontecem numa altura em que as opiniões se dividem acerca da arte urbana. Existe quem sustente que perde a sua força e sentido se retirada do contexto da rua. Há quem argumente que as qualidades estéticas e interpeladoras se mantêm mesmo quando inseridas num espaço expositivo. E quem sustenha que o conflito não existe verdadeiramente a partir do momento em que muitos dos artistas em questão concebem peças exclusivamente para espaços expositivos, ao mesmo tempo que também criam intervenções urbanas específicas.

Para Banksy, um dos artistas de rua mais conhecidos – ironicamente, de identidade desconhecida – “better out than in” , ou seja, melhor fora do que dentro. A rua é a grande galeria, é a tela preparada para a exposição da vida real.

Arte urbana em galeria de Nova York
Foto : Divulgação