A Justiça britânica condenou nesta terça-feira, 21, o emir de Dubai, Mohammed bin Rashid al-Maktoum, a pagar à sua ex-esposa, a princesa Haya Bint Al Hussein, e aos seus dois filhos, o valor de 550 milhões de libras (aproximadamente R$ 4,1 bilhões), na maior indenização por divórcio concedida por um tribunal inglês.

O juiz Philip Moor ordenou que o governante pague 251,5 milhões de libras (R$ 1,9 bilhão) à princesa Haya, e 290 milhões de libras (cerca de R$ 2,2 bilhões) para cobrir o sustento de seus filhos Zayed, de 9 anos, e Jalila, de 14 anos.

Durante o julgamento, o tribunal ouviu detalhes do vasto luxo em que a princesa vivia antes de fugir de Dubai com os filhos. Mas o caso também expôs um lado obscuro em meio à cintilante imagem da família real de Dubai, incluindo o comportamento abusivo de al-Maktoum em relação aos familiares, o que levou a princesa Haya, filha do falecido rei Hussein, da Jordânia, e irmã do atual monarca Abdullah II, a se divorciar do marido e fugir para o Reino Unido em 2019, dizendo que temia pela sua vida e a de seus filhos.

De acordo com a sentença divulgada nesta terça, o valor, que inclui dezenas de milhares de libras para férias ou gastos vinculados com animais domésticos, pode variar em função de diversos fatores, como por exemplo em caso de uma reconciliação dos filhos com o pai.

Uma grande quantia, porém, é reservada a custos de segurança, depois que o juiz concluiu que a princesa e os filhos enfrentaram ameaças legítimas do emir à sua segurança.

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