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Violência marca primeiro dia de referendo no Egito

Confrontos e mortes marcaram, nesta terça-feira, o primeiro dia de referendo sobre uma nova Constituição para o Egito. A Constituição, que pode levar à realização de novas eleições presidenciais, foi elaborada por um grupo nomeado pelo governo interino após o presidente Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, ter sido deposto pelo Exército, em julho passado. O […]
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Confrontos e mortes marcaram, nesta terça-feira, o primeiro dia de referendo sobre uma nova Constituição para o Egito.

A Constituição, que pode levar à realização de novas eleições presidenciais, foi elaborada por um grupo nomeado pelo governo interino após o presidente Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, ter sido deposto pelo Exército, em julho passado.

O governo interino militar tem feito intensa campanha pelo “sim” no referendo, na expectativa de obter endosso popular à derrubada de Morsi. Mensagens de apoio à Constituição dominam a programação de rádios e TVs estatais, e pessoas foram presas por pendurar cartazes defendendo o “não”.

Já a Irmandade Muçulmana, que passou a ser considerada “grupo terrorista”, está boicotando a votação.

E enfrentamentos envolvendo simpatizantes de Morsi e forças de segurança foram registrados em diversas partes do Egito, provocando, segundo autoridades, ao menos nove mortes.

‘Cerimônia democrática’

Uma enorme operação de segurança foi montada para os dois dias do referendo, com a presença de 160 mil soldados e mais 200 mil policiais.

A imprensa estatal passou a terça-feira descrevendo a votação como uma “cerimônia democrática” – termo frequentemente usado durante a era Hosni Mubarak, mas não escutado desde que o presidente foi derrubado na revolução popular de janeiro de 2011.

A Constituição foi redigida por 50 membros de um comitê que incluiu apenas dois representantes de partidos islâmicos.

Autoridades alegam que sua aprovação será um passo crucial para a estabilidade do país, profundamente polarizado desde 2011.

Mas não há indicativos de que a polarização esteja diminuindo. De um lado, parte dos eleitores crê que a nova Carta traz avanços em relação à Constituição redigida durante o governo islamita de Morsi.

De outro, críticos dizem que o novo texto favorece o Exército e não condiz com as expectativas criadas após a derrubada de Mubarak.

Liberdade religiosa

O texto sendo referendado prevê que presidentes egípcios possam servir dois mandatos de 4 anos e possam sofrer impeachment pelo Parlamento.

A Constituição também determina que o islã permanece sendo a religião do Estado, mas prevê liberdade religiosa e algumas proteções a minorias; cabe ao Estado garantir a igualdade entre homens; partidos não podem ser formados com base em “religião, raça, gênero ou geografia”; cabe ao Exército nomear o ministro da Defesa pelos próximos oito anos.

A expectativa é de que o “sim” vença, o que pode resultar na realização de uma nova eleição presidencial. É praticamente certo que o general Abdel Fattah al-Sisi, que lidera o governo interino – e que apoiou a remoção de Morsi, após protestos populares -, concorrerá ao cargo.

Confrontos e mortes marcaram, nesta terça-feira, o primeiro dia de referendo sobre uma nova Constituição para o Egito.

A Constituição, que pode levar à realização de novas eleições presidenciais, foi elaborada por um grupo nomeado pelo governo interino após o presidente Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, ter sido deposto pelo Exército, em julho passado.

O governo interino militar tem feito intensa campanha pelo “sim” no referendo, na expectativa de obter endosso popular à derrubada de Morsi. Mensagens de apoio à Constituição dominam a programação de rádios e TVs estatais, e pessoas foram presas por pendurar cartazes defendendo o “não”.

Já a Irmandade Muçulmana, que passou a ser considerada “grupo terrorista”, está boicotando a votação.

E enfrentamentos envolvendo simpatizantes de Morsi e forças de segurança foram registrados em diversas partes do Egito, provocando, segundo autoridades, ao menos nove mortes.

‘Cerimônia democrática’

Uma enorme operação de segurança foi montada para os dois dias do referendo, com a presença de 160 mil soldados e mais 200 mil policiais.

A imprensa estatal passou a terça-feira descrevendo a votação como uma “cerimônia democrática” – termo frequentemente usado durante a era Hosni Mubarak, mas não escutado desde que o presidente foi derrubado na revolução popular de janeiro de 2011.

A Constituição foi redigida por 50 membros de um comitê que incluiu apenas dois representantes de partidos islâmicos.

Autoridades alegam que sua aprovação será um passo crucial para a estabilidade do país, profundamente polarizado desde 2011.

Mas não há indicativos de que a polarização esteja diminuindo. De um lado, parte dos eleitores crê que a nova Carta traz avanços em relação à Constituição redigida durante o governo islamita de Morsi.

De outro, críticos dizem que o novo texto favorece o Exército e não condiz com as expectativas criadas após a derrubada de Mubarak.

Liberdade religiosa

O texto sendo referendado prevê que presidentes egípcios possam servir dois mandatos de 4 anos e possam sofrer impeachment pelo Parlamento.

A Constituição também determina que o islã permanece sendo a religião do Estado, mas prevê liberdade religiosa e algumas proteções a minorias; cabe ao Estado garantir a igualdade entre homens; partidos não podem ser formados com base em “religião, raça, gênero ou geografia”; cabe ao Exército nomear o ministro da Defesa pelos próximos oito anos.

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