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Trem com corpos do voo MH17 deixa cidade controlada por separatistas

O trem refrigerado com os cerca de 300 corpos de vítimas do avião da Malaysia Airlines deixou no início da noite (hora local) desta segunda-feira (21) a estação de trem de Torez, cidade controlada pelos rebeldes separatistas no leste da Ucrânia. Mais cedo, o vice-primeiro-ministro ucraniano Vladimir Groisman, anunciou que o trem chegaria no mesmo […]
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O trem refrigerado com os cerca de 300 corpos de vítimas do avião da Malaysia Airlines deixou no início da noite (hora local) desta segunda-feira (21) a estação de trem de Torez, cidade controlada pelos rebeldes separatistas no leste da Ucrânia.

Mais cedo, o vice-primeiro-ministro ucraniano Vladimir Groisman, anunciou que o trem chegaria no mesmo dia à cidade de Kharkiv, na região vizinha de mesmo nome, que já espera um grupo de especialistas forenses de vários países. Depois, devem viajar até a Holanda. De acordo com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, o governo da Ucrânia concordou que as identificações dos corpos sejam feita na Holanda.

Um grupo de especialistas holandeses já havia examinado nesta segunda-feira (21) o trem com os corpos das vítimas do avião abatido no leste da Ucrânia, em uma região onde Kiev ordenou uma trégua. Um pouco mais distante, no entanto, no reduto separatista pró-russo de Donetsk, bombardeios tenham deixado ao menos três mortos.

Os peritos examinaram os corpos no trem refrigerado de cinco vagões em Torez antes de se dirigir ao local da tragédia, a 15 km de distância, onde na última quinta-feira um avião da Malaysia Airlines que voava de Amsterdã a Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo se acidentou.

Neste segunda, Sergei Kavtaradze, uma autoridade da autoproclamada República Popular de Donetsk, declarou que os separatistas no leste da Ucrânia vão entregar as caixas-pretas do avião para especialistas da Malásia, segundo falou à agência Reuters.

Os Estados Unidos direcionaram suas suspeitas para um míssil disparado de uma zona sob controle de rebeldes apoiados pela Rússia, mas um general do Estado-Maior do exército russo, Andrei Kartopolov, negou nesta segunda-feira que Moscou tenha fornecido aos separatistas mísseis antiaéreos.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, ordenou que suas tropas interrompam suas operações em um raio de 40 km ao redor do local onde o avião foi derrubado, para facilitar o trabalho dos investigadores.

Este raio exclui o reduto separatista de Donetsk (a 60 km do local da tragédia), cuja estação ferroviária foi alvo nesta segunda-feira de intensos disparos de artilharia, com um saldo de ao menos três mortos e um ferido, segundo as autoridades municipais.

Os bombardeios provocaram um incêndio em um supermercado próximo à estação e atingiram um edifício de nove andares, segundo as informações divulgadas.

Diplomacia em torno de um trem-necrotério

Os investigadores holandeses, com os rostos cobertos por máscaras e acompanhados por representantes da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), examinaram os vagões e atestaram a qualidade da refrigeração, apesar do forte odor de decomposição que exalava no local, com uma temperatura exterior de 30 graus.

“O armazenamento dos corpos é de boa qualidade”, declarou o responsável pela equipe forense, Peter Van Vilet, cercado por 50 homens armados na estação de Torez.

Das 298 vítimas, 193 eram holandesas. A Ucrânia defende que a Holanda coordene a investigação e está disposta a enviar a Amsterdã os corpos das vítimas para que sejam submetidos a necropsias, declarou em Kiev o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk.

“Encontramos 272 corpos, 251 deles já estão em um trem frigorífico. (…) Estamos dispostos a enviar todos os corpos a Amsterdã” para que sejam submetidos a uma necropsia e a todas as perícias independentes necessárias, acrescentou.

O primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk indicou, por sua vez, que “há 282 corpos nos vagões” e que os restos de “16 vítimas não foram encontrados”.

No âmbito diplomático o presidente russo, Vladimir Putin, alvo de múltiplas críticas e advertências por seu suposto apoio aos separatistas, garantiu que a Rússia fará o possível para alcançar uma solução negociada do conflito na Ucrânia.

Segundo vários indícios reunidos pelas autoridades ucranianas, alguns dos quais validados por especialistas americanos, o míssil foi lançado pelos rebeldes que acreditavam derrubar um avião militar ucraniano.

O general russo Andrei Kartopolov negou que Moscou tenha fornecido material antiaéreo aos separatistas e tentou desviar as suspeitas para Kiev, ao afirmar que um caça ucraniano estava a uma distância de 3 a 5 quilômetros do avião da Malaysia Airlines pouco antes do acidente.

“Com que objetivo um avião caça voava a esta altitude e ao mesmo tempo que um avião civil?”, se perguntou o militar.

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