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Ex-soldado de Israel, campo-grandense é contra a guerra que garante ser ‘inevitável’

A campo-grandense Bianca Tupikin serviu no Exército Israelense quando tinha 22 anos. Na época, 2001, as Torres Gêmeas foram atacadas por um grupo extremista árabe. A tensão que é premente na região se agravou, e Bianca, que estava no Norte de Israel, foi convocada para ir ao Sul, mais próximo da fronteira. No caminho, em […]
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A campo-grandense Bianca Tupikin serviu no Exército Israelense quando tinha 22 anos. Na época, 2001, as Torres Gêmeas foram atacadas por um grupo extremista árabe. A tensão que é premente na região se agravou, e Bianca, que estava no Norte de Israel, foi convocada para ir ao Sul, mais próximo da fronteira.

No caminho, em vez de paisagens eram mísseis que se viam, todos apontados para Israel. A imagem da guerra é viva para ela, e hoje diante deste novo conflito, que se repete, ela diz ser contra a guerra, contra a morte de civis palestinos, contra a morte de crianças inocentes, mas afirma que Israel não pode cruzar os braços e assistir sua própria destruição.

“Não sou favorável à guerra nenhuma, e acredito que toda e qualquer possibilidade de diálogo deve ir ao esgotamento quando for possível evitar perdas humanas, seja ela de qualquer etnia, religião, idade… Vejo essa guerra atual como uma tentativa fracassada do Hamas conseguir domínio e poder, o que vem perdendo a cada ano”, diz.

Explicando um pouco a história da região, ela conta que o Hamas chegou ao poder em Gaza em 2006, e que a partir de então se encontra isolado, inclusive, do mundo árabe. Conforme ela, com a subida do Hamas ao poder, a Palestina, deixou de receber dos EUA e Europa mais de 1 bilhão de dólares por ano. E para amenizar a crise e reverter o difícil quadro, o Fatah propôs uma colisão com o Hamas, fazendo-o aceitar os acordos pacíficos de Israel.

Contudo os acordos não duraram muito tempo e durante as eleições palestinas, por alguns meses, inúmeras pessoas morreram nos conflitos entre o Hamas e o Fatah, e desde então, o Hamas, por sua intolerância, diz, e lideranças radicais tem apresentado grande rejeição no mundo árabe.

Na verdade, pontua, essa guerra é uma forma de o Hamas tentar voltar ao poder. E ao contrário do que se coloca na mídia, o Hamas tem usado a população palestina. “O que é difícil de entender e que me deixa revoltada é porque as pessoas olham os números de vítimas de Israel e o da Palestina e colocam na balança julgando sem saber quem é o Hamas. Israel estava sendo atacado há mais de um mês sem reagir, quando sai em defesa do seu país e da sua população é condenado?”, questiona.

Bianca diz que o povo palestino é massacrado por grupos que se dividem entre si e brigam por poder. “Como em toda a sociedade, lideranças interessadas em não perder a força, usa o próprio povo como escudo humano e massa de manobra por um fundamentalismo religioso. Israel decidiu entrar em Gaza para proteger seu povo após um mês recebendo mísseis. Por sorte, o Estado de Israel detêm de antimísseis que conseguem impedir que sua trajetória chegue ao fim matando inúmeros civis inocentes. A população palestina está acuada e muitos inocentes irão morrer com essa guerra. Numa guerra, ninguém ganha!”, enfatiza.

Com o mesmo ponto de vista, a irmã de Bianca, Karin Tupikin, viveu por quase seis meses em Israel e diz que diferentemente do que se vê e do que se diz, as pessoas comuns vivem em harmonia. E que essa guerra é mais uma manobra para que o Hamas tenha mais poder. “As pessoas acham que os judeus e os mulçumanos não vivem em harmonia. Isso não é verdade. O povo em si divide os mesmos espaços, se respeitam”, diz.

Ela conta, que inclusive, é o Estado de Israel que abriu a porta dos hospitais e leva água a regiões de conflito. Segundo ela, enquanto o Hamas usa hospitais, escolas para guardar suas armas, Israel tenta proteger seu povo. “Israel tem menos mortes porque o Estado investe na proteção de seu povo. No subsolo de Israel tem diversos bunkers e quando eles não conseguem interceptar um míssel toca a sirene avisando a população para se proteger. Já o Hamas coloca o seu povo na linha de frente e proíbe de fugirem, mesmo Israel avisando os ataques”, conta.

A prática do medo, segundo as duas, é uma das formas que o Hamas usa para acuar seu próprio povo. “Enquanto as pessoas são proibidas de saírem dos lugares que serão atacados, a base do medo e castigo, os líderes estão protegidos bem longe dos conflitos”, diz.

Infelizmente, elas não veem um final feliz para essa história e pontuam acreditar que esta guerra, que dura desde antes de Cristo deve continuar. “Esse conflito não tem fim. Não vejo paz naquela região. Vai ser sempre assim, períodos de tranquilidade e períodos de guerra. Mas acabar, acredito que nunca vai acabar”, finaliza.

Como começou a crise atual?

No dia 12 de junho, três jovens israelenses foram sequestrados e assassinados. Dois integrantes de uma célula do movimento terrorista Hamas são procurados por seu envolvimento no assassinato. Deixaram suas casas na cidade de Hebron no dia do sequestro e não retornaram mais. Seu objetivo era trocar os corpos dos jovens pela soltura de terroristas presos em Israel.

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