Atualmente Campo Grande tem deficit de 112 pediatras e o atendimento médico infantil é o maior drama para quem depende da saúde pública. Olarte disse que estuda a criação de local onde não faltará esta especialidade.
Em breve, Campo Grande pode ganhar um Centro Pediátrico ou até um hospital infantil. Por enquanto, o prefeito Gilmar Olarte (PP) faz mistério sobre o que será construído, mas já adiantou que será um local para atendimento infantil.
“O projeto está em sigilo. Só posso adiantar que será um local onde nunca vai faltar médico pediatra”, afirmou o prefeito. Questionado sobre o que estaria faltando para anunciar a construção, Olarte disse que uma confirmação jurídica.
“Também precisamos terminar um levantamento dos insumos para o trabalho diário e o aval do Ministério da Saúde”, confirmou Olarte, revelando que este empreendimento misterioso seria uma das pautas de sua ida a Brasília semana passada.
Faltam pediatras
Atualmente faltam 112 médicos pediatras na Rede Pública de Saúde, segundo o secretário municipal de Saúde, Jamal Salem. Já atuam 140. “Nossa meta é ter cinco pediatras durante 24 horas nos postos. Atualmente só tem pediatra pela manhã em três postos: do Coronel Antonino, Vila Almeida e Universitário”, argumentou.
Baixo salário
Segundo Jamal, o salário incompatível com a profissão e falta de estrutura são os principais motivos para a falta de procura de médicos. “No programa Mais Médicos do governo federal, os médicos recebem R$ 10 mil e aqui nós oferecemos R$ 2.400. De 120 vagas que abrimos, só oito pediatras apareceram”, lamentou o secretário.
Para reverter este quadro, Jamal disse que está sendo estudada a implementação de Plano de Cargos e Carreiras. Já o prefeito disse que não é possível falar sobre aumento de salário de imediato, porque ainda estão trabalhando pelo aumento da arrecadação e depois de 60 dias vão estudar sobre algum aumento.
Visitas a todos os postos
Jamal e Olarte ainda prometeram em agenda pública nesta terça-feira (20), na UBSF do Bairro Vida Nova, que vão fazer uma peregrinação em todas as unidades de Saúde da Capital para levantar como está o atendimento.
Nesta UBSF visitada hoje a reportagem ouviu elogios. “Sempre sou bem atendida e não espero muito”, disse a diarista Roseli Carmona, de 29 anos, que levou seu filho de quatro anos. Para Deise Ferreira, do lar de 46 anos, o atendimento também é bom. “Só podia ter mais pediatra, que geralmente é clínico-geral, mas hoje mesmo consegui um encaixe e aqui não é cheio”, disse Deise que levou sua neta de 2 anos para ser atendida.
