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Comissão quer adiar eleições e Exército ameaça intervir na Tailândia

A Comissão Eleitoral da Tailândia pediu nesta quinta-feira (15) o adiamento das eleições legislativas previstas para 20 de julho após a morte de três manifestantes em um ataque contra um acampamento na capital Bangcoc, o que provoca o temor de uma explosão da violência. Ao mesmo tempo, o comandante do exército ameaçou com uma possível […]
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A Comissão Eleitoral da Tailândia pediu nesta quinta-feira (15) o adiamento das eleições legislativas previstas para 20 de julho após a morte de três manifestantes em um ataque contra um acampamento na capital Bangcoc, o que provoca o temor de uma explosão da violência.

Ao mesmo tempo, o comandante do exército ameaçou com uma possível intervenção militar ante a violência.

As três vítimas desta quinta elevam a 28 o número de mortes em seis meses de crise política.

Duas granadas foram lançadas durante a madrugada contra um acampamento de manifestantes perto do Monumento à Democracia, um dos pontos de protestos dos opositores. Tiros foram ouvidos após as explosões.

“A primeira vítima foi um manifestante que dormia no Monumento à Democracia. A segunda foi um guarda que faleceu em consequência dos ferimentos por tiros recebidos”, disse à AFP o policial Wallop Prathummuang.

A clínica médica Erawan anunciou que recebeu outra vítima fatal e 23 feridos.

“Se a violência continuar, os militares talvez tenham que sair para restaurar a paz e a ordem”, afirmou o comandante do exército, Prayuth Chan-O-Cha, em um comunicado no qual destaca que as tropas “poderiam ter que recorrer à força para resolver a situação”.

Até o momento, o exército tailandês evitou uma interveção, apesar dos meses de ocupação de prédios públicos.

A Tailândia registrou 18 golpes de Estado desde 1932, quando foi instaurada a monarquia constitucional.

Depois de semanas de relativa calma, a oposição afirma estar na ‘reta final’ da luta contra o governo interino instaurado depois da recente destituição da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.

Os “Camisas Vermelhas”, movimento que reúne os partidários do governo, que são muitos entre a população rural do país, advertem para o risco de guerra civil no caso de tentativa de derrubar o Executivo.

O pedido de adiamento feito pela comissão eleitoral agrava a situação.

“As eleições de 20 de julho não são mais possíveis, devem ser adiadas”, afirmou o secretário-geral da comissão, Puchong Nutrawong.

Um grupo de manifestantes invadiu o edifício no qual o organismo celebrava uma reunião.

Os manifestantes da oposição não aceitam as legislativas e acampam em vários locais de Bangcoc, especialmente diante da sede do governo, pois não reconhecem o primeiro-ministro interino Niwattumrong Boonsongpaisan, ligado a Yingluck.

As mortes desta quinta-feira aumentam o conflito entre os simpatizantes do governo e os opositores, que desejam que o presidente do Senado, conhecido pela oposição ao partido governante, nomeie um primeiro-ministro “neutro”. Inicialmente desejam um golpe de Estado do exército.

Os opositores acusavam Yingluck de ser uma marionete do irmão Thaksin Shinawatra, ex-primeiro-ministro derrubado pelos militares em 2006 e que, desde então, vive no exílio.

Os manifestantes são apoiados pelas elites monárquicas da Tailândia, que consideram o “clã Shinawatra”, vencedor de todas as eleições legislativas desde 2001, uma ameaça para a Casa Real.

Premiê

O primeiro-ministro interino teve que fugir nesta quinta de uma reunião com a comissão eleitoral depois que ativistas antigovernamentais invadiram o recinto militar onde acontecia o encontro.

A reunião tinha como objetivo tratar da organização das eleições gerais de 20 de julho – que ainda não foram oficialmente convocadas – que devem substituir as de fevereiro, canceladas pelos tribunais devido ao boicote dos manifestantes.

Niwatthamrong e vários de seus ministros saíram escoltados por uma porta traseira da sala de uma base da força aérea no norte de Bangcoc, minutos antes da invasão dos ativistas, informou o canal “PBS”.

Vários manifestantes antigovernamentais, cuja presença já obrigou ontem o cancelamento da mesma reunião, foram até a base militar orientados por seu líder, Suthep Thaugsuban, que anunciou que irá onde o primeiro-ministro estiver para exigir sua renúncia.

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