O juiz Aluízio Pereira dos Santos, 2ª Vara do Tribunal do Júri de , não suspendeu as audiências de presos investigados no âmbito da Operação Omertà, apesar do número crescente de casos de coronavírus (Covid-19). O magistrado manteve os procedimentos pois existe a possibilidade de realização por videoconferência. Conforme publicado no Diário Oficial do TJMS (Tribunal de Justiça de ), deste modo, não haverá maior atraso no andamento dos processos.

Em sua decisão, o magistrado considerou que na Capital não houve medidas sanitárias restritivas à livre locomoção de pessoas (lockdown) que impedisse o acesso de magistrados, servidores, membros do Ministério Público, defensores, procuradores e advogados aos fóruns, gabinetes e escritórios.  Além disso, considerou a existência de videoconferência na sala da 2ª Vara e também no Tribunal do Júri, bem como lembrou que todas as ferramentas necessárias estão disponíveis.

“Considerando que deve ser assegurada a manutenção dos serviços essenciais, o que, no âmbito da vara do Tribunal do Júri, são de réus presos, principalmente em razão da natureza do crime, evitando-se, ainda, ferir o princípio da duração razoável do processo, […] mantenho as audiências e júris somente dos réus presos”, disse o magistrado. A decisão do magistrado diz respeito ao processo envolvendo a execução do estudante Matheus Coutinho Xavier, crime pelo qual respondem , Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo, José Moreira Freires, Juanil Miranda Lima, Marcelo Rios e Eurico dos Santos Mota.

Omertà

A foi deflagrada em setembro do ano passado, para desarticular organização criminosa ligada à criação de uma milícia para execuções em Campo Grande. Entre as vítimas, consta Matheus, que foi assassinado com sete tiros de fuzil em frente a sua casa, no dia 9 de abril de 2019. A execução do jovem de 20 anos teria sido por engano, já que o pai dele, Paulo Xavier, seria o alvo dos pistoleiros.