A Justiça negou pedido de revogação da prisão preventiva de Patrícia Sousa Ramos, acusada do homicídio de Jennifer Aline Nunes do Nascimento, ocorrido em novembro do ano passado, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. A vítima foi assassinada a facadas na frente do filho, por causa de uma discussão banal durante bebedeira.

A defesa de Patrícia recorreu alegando que a liberdade dela não representaria risco para a instrução do processo, bem como não estavam mais presentes os requisitos para manutenção da segregação, sustentando ainda que havia risco de contaminação em razão da pandemia do coronavírus (Covid-19). No entanto, a Justiça teve outro entendimento.

Ao avaliar o pedido, o juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 3ª Vara Criminal de Dourados, afirmou ainda haver risco à ordem pública. “No caso em apreço, verifica-se também que ainda permanece o periculum libertatis, para garantia da ordem pública em razão da gravidade in concreto da conduta, em tese, perpetrada pela ré, e para garantia da aplicação da lei penal”, disse o magistrado em sua decisão.

Denúncia

O crime ocorreu no dia 8 de novembro de 2020, por volta da 01h30 da madrugada, em um conjunto de quitinetes no Jardim Água Boa. As mulheres moravam em residências distantes e, naquele dia, Patrícia consumia bebidas alcoólicas com um amigo, quando a vítima Jennifer se juntou a eles. Eles ficaram tranquilos por alguns instantes, até que houve discussão.

As duas mulheres se desentenderam e Patrícia pegou duas garrafas e ameaçou a vítima, que correu para sua quitinete e se trancou. A autora, não contente, jogou garrafas contra ela, bateu contra a porta, entrou no local e matou a vítima com facadas. Jennifer morreu na frente do filho, que havia acordado com o barulho da briga e estava chorando. A Polícia Militar foi acionada e prendeu a suspeita nas proximidades.