Greve dos médicos começou na última segunda-feira (26)

O secretário da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Marcelo Vilela, falou sobre a possibilidade de descontar o salário dos médicos que estão em greve desde o início da semana. A afirmação foi feita durante apresentação do balanço final da campanha de imunização contra a gripe, na tarde desta quinta-feira (29), na Câmara Municipal.

A greve dos médicos começou na última segunda-feira (26) e foi considerada ilegal por uma liminar do juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos, José Eduardo Neder Meneghelli. No mesmo dia, o Sinmed – MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) foi notificado. O sindicato informou que iria estudar medidas contra a decisão e que greve iria continuar.

A multa estipulada para o descumprimento dos médicos é de R$ 10 mil por dia. Procuradoria jurídica da prefeitura de chegou a ingressar com um pedido de multa no valor de R$ 100 mil para a categoria.

Sobre a situação, o secretário explicou que os médicos podem ser os responsáveis por arcar com os valores. “Se a greve for considerada irregular pela Justiça, será descontado do salário deles”, disse Vilela.

O secretário ainda explicou como o município está lidando com a greve nas unidades de saúde da Capital. A prefeitura está pagando hora extra para os enfermeiros que estão ficando além do horário normal. Os profissionais são remanejados para o plantão de acordo com a necessidade.

Os atendimentos de pacientes com fichas azul e verde, considerados de menor urgência, antes da greve, demoravam em média 4 horas. De acordo com o secretário, os médicos estão retardando os atendimentos destes casos e a demora é ainda maior, chegando a ter 3 pessoas atendidas por hora.

Sobre a saída dos médicos que estão atuando nas unidades, o secretário explicou que são os gerentes que estão fazendo esse controle.

Na Santa Casa

Marcelo Vilela ainda explicou a situação da Santa Casa da Capital. Os médicos do hospital, que ameaçaram entrar em greve, querem que o pagamento dos salários seja efetuado até o 5º dia útil de cada mês.

O secretário explicou que a prefeitura está repassando do próprio caixa os valores para garantir que o dinheiro caia na conta dos profissionais. O motivo é o atraso no repasse do Estado e o Ministério da Saúde só envia o dinheiro depois do dia 12 de cada mês.

Médicos em greve podem ter salários descontados, diz secretário

Em caso de não pagamento até o 5 dia útil do próximo mês, o Sindmed já informou que os médicos do hospital podem voltar a paralisar o atendimento.