transmite várias doenças, entre elas

Com a intensidade das chuvas que atingem todas as regiões de Mato Grosso do Sul, desde dezembro passado, devem aumentar também os cuidados para evitar que o Aedes aegypt, mosquito transmissor de várias doenças como a dengue e a febre amarela, se prolifere.

Na tarde desta quarta-feira (17), a reportagem do Jornal Midiamax percorreu diversos bairros da região norte da Capital e pode verificar que os cuidados básicos, como evitar deixar recipientes com água parada e fazer a limpeza de casas e terrenos periodicamente, não vêm sendo tomados com tanta frequência.

No bairro Taquaral Bosque, que fica próximo ao terminal Nova Bahia, moradores reclamam do acúmulo de entulho numa região onde, segundo os populares, seria construído um parque.

“A própria população joga o lixo aqui toda semana, eles vêm lá do Nova Bahia, Jardim Paraná, Estrela do Sul e jogam aqui na frente da casa da gente”, denuncia a dona de casa, Franciele Aparecida Afânio de Lara, 35.

A também dona de casa Alessandra Oliveira Damásio, 24, que é mãe de duas crianças, demonstrou preocupação com as doenças que o mosquito transmite. “Aqui em casa ninguém pegou dengue ainda, mas isso pode acontecer a qualquer momento, aqui na rua tem ferro velho, tem carro abandonado, muito lixo”, reclama.

De acordo com a moradora Laiza da Silva Pimentel, 26, existe uma obra abandonada em frente à sua casa que, além do visível acúmulo de entulho, segundo a dona de casa está sendo usada para uso e venda de drogas.

“Quando a gente vê o pessoal jogando lixo aí, a gente chama a atenção, mas não resolve o problema. Tem cinco anos que essa obra está abandonada, uma das casas o pessoal usa para ficar usando droga de madrugada e a outra usam para fazer as necessidades. O cheiro é horrível e fica mosquito em casa o dia inteiro”, denuncia.

Denúncia e cuidados

Leitor do Jornal Midiamax enviou, na tarde de hoje (17), uma foto para denunciar o descaso da população com os focos do mosquito. Na imagem, é possível verificar a piscina de uma residência, localizada em região nobre de , com colocarão esverdeada, sendo local ideal para a reprodução do Aedes aegypt.

Aumento das chuvas faz focos de Aedes se multiplicarem na Capital

A melhor forma de combater a proliferação do mosquito Aedes aegypt continua sendo evitar o acúmulo de água parada, que é o local propício para a reprodução do vetor.

Nos domicílios, onde estão os maiores focos do mosquito, é necessário que a população não deixe água parada em calhas, latas, garrafas, baldes, vasos de plantas e piscinas, ou qualquer outro lugar que possa acumular água.

Contágio

A contaminação ocorre quando um ser humano ou um primata é picado pelo mosquito transmissor da doença, Haemagogus, para febre amarela silvestre, e , para febre amarela urbana.

O ciclo da doença ocorre da seguinte maneira: na fase inicial, há ocorrência de dores de cabeça, febre, perda de apetite, náuseas e vômito e dores musculares, principalmente na região das costas.

Na fase tóxica, os sintomas são agravados e podem ser registrados sintomas febres altas, amarelamento de pele e olhos, sangramento da boca, nariz, olhos e estômagos, vômitos, órgão como fígado e rins são comprometidos, dores abdominais e escurecimento da urina.

Surto

Estados da região sudeste como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo vivem, atualmente, um surto da doença. Apenas em São Paulo, estado vizinho, de janeiro de 2017 até agora, 69 casos da doença já foram confirmados e 27 mortes foram registradas.

Destas, 6 foram registradas apenas em 2018, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do estado de São Paulo.