O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de maio foi de 0,59%, abaixo da taxa registrada em abril de 1,73%. Essa é a maior variação para um mês de maio desde 2016, quando o índice foi de 0,86%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,93% e, em 12 meses, de 12,20%, acima dos 12,03% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. É a maior variação acumulada em 12 meses desde novembro de 2003, quando o acumulado foi de 12,69%. Em maio de 2021, a taxa foi de 0,44%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. A exceção foi Habitação (-3,85%). A maor alta veio de Saúde e cuidados pessoais (2,19%), que contribuiu com 0,27 p.p. no índice do mês. Já o maior impacto positivo (0,40 p.p.) veio dos Transportes (1,80%), que desaceleraram em relação a abril (3,43%), assim como aconteceu com Alimentação e bebidas (1,52% em maio frente aos 2,25% do mês anterior). Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 1,86% de Vestuário.

Entre os itens e subitens de maior impacto no índice do mês, destacam-se: produtos farmacêuticos (5,24%), com 0,17 p.p., higiene pessoal (3,03%), com 0,11 p.p.; passagem aérea (18,40%), com 0,09 p.p.; gasolina (1,24%), com 0,08 p.p.; e (7,79%), com 0,07 p.p.

Impacto da bandeira verde no IPCA

A queda do grupo Habitação (-3,85%) foi puxada pela energia elétrica (-14,09%), que teve impacto de -0,69 p.p. no IPCA-15 de maio. A partir de 16 de abril, passou a valer a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.

Desde setembro de 2021, estava em vigor a bandeira Escassez Hídrica, com acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. As variações das áreas foram desde -17,62% em até -2,18% em Fortaleza, onde houve reajuste de 24,23% nas tarifas, válido desde 22 de abril. Na mesma data, foi aplicado um reajuste tarifário de 20,97% em Salvador (-4,82%) e, no dia 29 de abril, um reajuste de 18,77% em (-8,20%).