Primeira na linha sucessória de Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com , no Mato Grosso do Sul, Carolina Yunis de Acevedo, presidente da Municipal e cunhada de José Carlos Acevedo, assumiu o comando da cidade. Entretanto, apesar de ter afirmado em entrevistas à imprensa paraguaia que “está apavorada”, ficará no cargo por 90 dias.

“Não é só medo, estou apavorada porque não sabemos mais o que esperar dessas pessoas. Já mataram minha filha, que não tinha absolutamente nada a ver com isso, e agora o prefeito. A questão é: meu Deus, quem é o próximo?”, questiona em conversa com a rádio 1020 AM.

Carolina é esposa do governador do Departamento de Amambay, Ronald Acevedo e mãe de Haylée Carolina Acevedo, de 21 anos, que estava entre os mortos da chacina do dia 9 de outubro na cidade fronteiriça. Ela saía de uma festa com mais quatro pessoas quando o carro foi atingindo por mais de 100 disparos.

Como na legislação eleitoral paraguaia não existe a figura do vice-prefeito, como acontece no Brasil, o cargo estava vago e foi ocupado interinamente pela presidente da Câmara Municipal, até que seja convocada uma nova eleição. O cunhado de Carolina, José Carlos Acevedo, foi reeleito pela quarta vez consecutiva e administraria a cidade até 2025.

Durante a entrevista, a presidente da Câmara também fez referências ao promotor da Unidade de Marcelo Pecci, que investigava alguns casos “muito famosos, arriscados e perigosos” e que foi assassinado na em plena lua de mel. “Não podemos continuar assim. Nunca usamos guardas, mas também nunca tivemos que usar segurança”, cobrou a parlamentar.

“Tem um processo. Eu não posso te dizer ‘amanhã eu apresento minha demissão e vou para casa'. Temos que estar atentos e aos poucos ver o que é melhor em família e conversar uns com os outros, não é só Carolina, tem uma cidade inteira dependendo de nós como autoridades”, ponderou a presidente da Câmara de Pedro Juan Caballero.