Volks lança Golf Variant a R$ 87.490 e sonha vender como nunca
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Nos últimos anos, perua média da Volkswagen era Jetta Variant. Isso porque o país ficou um bom tempo defasado em relação à Europa e ao hatch Golf — enquanto a marca mantinha o Golf 4 vivo, o resto do mundo viu quinta e sexta geração nascerem (e se aposentarem). Assim, restava apenas receber a configuração familiar do México com o nome usado naquele mercado. Tudo mudou e segue se alterando com o retorno do Golf mais atual, em sua sétima geração, a partir 2013.
Como o Golf 7 já roda por aqui há quase dois anos — e até será produzido em São José dos Pinhais –, a marca aproveita e corrige também a disparidade do modelo familiar, algo que UOL Carros também havia apontado em 2013. Ainda importada do México, a linha 2016 da station wagon média chega às lojas até o final do mês como o nome de Golf Variant, como na Europa, com preço inicial de R$ 87.490. São duas versões:
– Volkswagen Golf Variant 2015 Comfortline: R$ 87.490
O motor é o mesmo 1.4 TSI turbo que equipa o hatch, da família EA211, movido a gasolina e capaz de gerar 140 cv de potência (entre 4.500 rpm e 6.000 rpm) e 25,5 kgfm de torque (entre 1.500 rpm e 3.500 rpm). Ele é acoplado à transmissão DSG, automática de sete marchas com opção de trocas sequenciais manuais. De série, são: sete airbags, freios ABS (obrigatórios), alerta de pressão dos pneus, ar-condicionado, assistência de partida em rampa, conjunto elétrico (vidros, travas e espelhos), faróis de neblina com função auxiliar em curvas, sensor de estacionamento (dianteiro e traseiro), sistema multimídia com CD/MP3-Player, conexão Bluetooth e entrada USB, sistema start-stop e volante revestido em couro. As rodas são de liga leve de 17 polegadas.
Opcionalmente, a Volks oferece o pacote Elegance, a R$ 4.500, com volante multifuncional com aletas para trocas de marcha, controlador automático de velocidade (piloto automático) e rodas aro 17 com desenho diferenciado. O pacote Exclusive, R$ 8.890, acrescenta GPS com atualização automática de mapas.
– Volkswagen Golf Variant 2015 Highline: R$ 94.990
Traz de série, além dos itens da Comfortline, ar-condicionado de duas zonas, bancos de couro, controlador automático de velocidade (piloto automático), sensor de chuva e luminosidade e volante multifuncional com comandos do sistema multimídia.
Os pacotes para a versão são: Elegance, de R$ 5.820, com rodas de 17 polegadas diferenciadas, sistema de seleção de ajustes que identifica o perfil do motorista, GPS com comandos por voz, abertura das portas por meio da chave presencial e partida do motor por botão. O Exclusive vai a R$ 15.700 com todo o conteúdo do Elegance e mais faróis bixenônio com LED diurno, assistente de luz para o farol alto e o ACC (controle de cruzeiro automático) com front assist e freios de emergência (que identificam a iminência de uma batida e freia o carro automaticamente).
Há ainda o pacote Premium, de R$ 26.670, tem todo o conteúdo anterior acrescido de itens como a regulagem elétrica do banco do motorista, sensor detector de fadiga e sistema de info-entretenimento “Discovery Pro”, com tela de oito polegadas multitoque e atualização automática de mapas para o navegador.
À parte, para qualquer versão, é vendida a pintura metálica (R$ 1.200) ou perolizada (R$ 1.700). O teto solar elétrico, avulso, custa R$ 5.300.
Da dianteira à coluna central, a Golf Variant é idêntica ao primo hatch. A partir dali, o carro ganha características habituais de uma perua, com portas traseiras maiores, vidros laterais extras e desenho exclusivo na traseira. Ao todo, a wagon é 30,7 centímetros mais comprida do que o Golf convencional, o que a deixa com 1.357 quilos em ordem de marcha (contra 1.218 kg do dois-volumes). O porta-malas comporta até 605 litros de bagagem, quase o dobro do hatch (313 litros
Sonhando alto
Com a adoção da “grife” Golf, a Volkswagen passa a ter pretensões bastante ousadas para a perua média. Segundo executivos da marca, o objetivo logo para 2015 é de entregar entre 2.000 e 2.500 unidades.
É um volume tímido na comparação com as metas do hatch Golf (mais de 16 mil unidades foram vendidas em 2014) e mesmo do sedã Jetta (mais de 10 mil emplacamentos no último ano). Mas também é um número que foge completamente do padrão do segmento de station médias e grandes.
Em 2014, o segmento inteiro de peruas médias emplacou menos de 300 unidades. O líder histórico é um modelo importado da Alemanha: a perua Audi A4 Avant mantém média de 170 unidades registradas a cada ano. Em 2013 acabou ofuscada pelo esforço derradeiro da Renault, que queimou o estoque final da station Mégane a menos de R$ 50 mil e conseguiu recorde de… 200 unidades.
Se atingir o objetivo, a Volks terá ido além da mera mudança (de nome). Terá feito uma revolução.
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