Uma menina de um ano internada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) há 2 dias corre risco de ter a perna amputada e até de morrer por causa de uma bactéria que contraiu. De acordo com Eder Pereira Vilalba, 34, tio da menina, sua sobrinha machucou a perna e contraiu a bactéria.

O médico que a atendeu preencheu um “Questionário para Pedido Judicial de Vaga” junto à , solicitando vaga na Santa Casa. No documento consta o risco de morte por causa de sepse, que é a manifestação grave em todo o organismo produzida por infecção.

A Secretaria de Saúde afirmou, por meio de nota, que a paciente deu entrada na UPA dia 1º de maio, por volta das 16h30, com histórico de febre há três dias e vômito há um dia. “Ela foi prontamente atendida na unidade e teve uma ligeira piora, não respondendo bem à medicação. Permaneceu na unidade até então em observação e está aguardando transferência para uma unidade hospitalar”.

A prefeitura afirma, ainda, que a Central de Regulação está em contato com os hospitais a fim de dar mais celeridade à transferência. Não consta no prontuário evolução por bactéria, nem possibilidade de perda de membro. “É preciso ressaltar que, apesar da necessidade de ir para uma unidade hospitalar que ofereça uma melhor estrutura, a paciente está recebendo toda a assistência pelos profissionais da UPA”, informa o comunicado.

Superlotação

Os hospitais públicos de vivem uma crise de superlotação e falta de leitos na área de urgência e emergência, além de leitos oferecidos para as mamães na maternidade. O Jornal Midiamax apurou que somente na Santa Casa, o pronto-socorro está com 24 pacientes a mais da capacidade na ala verde, amarela e vermelha. Hoje, setor está com 43 pessoas, sendo que deveria estar com 19 no total de internações. Número corresponde a um crescimento de 126,3% em relação à capacidade máxima.

Na pediatria, a assessoria de imprensa do hospital informou que total de para as crianças também está com leitos totalmente ocupados, mas ainda assim, continuam recebendo os pequenos. Setor que deveria estar com 10 doentes, hoje conta com 13 ocupantes, equivalente a 30% além da capacidade. Na maternidade, vagas estão 100% completas.

O HU (Hospital Universitário) Maria Aparecida Pedrossian tem um total de 240 leitos, mas número atualmente ultrapassa 23,3% do permitido, pois abriga 296 internados a mais. Na área de pronto-atendimento, hospital federal está com 25 pacientes, passando 38,8% do permitido, que seria 18 internações.

Somente na maternidade, capacidade excedeu em 26,3% com um total de 48 mães internadas, que, no entanto, poderiam ter apenas 38 lactantes. O Hospital Regional foi contatado, mas até o fechamento, não havia divulgado números.