Serra Leoa coloca 50 pessoas em quarentena por ebola
Medida ocorreu em área onde mulher morta testou positivo para o vírus
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Medida ocorreu em área onde mulher morta testou positivo para o vírus
Cinquenta pessoas foram colocadas em quarentena no norte de Serra Leoa, em uma área onde uma mulher morta testou positivo para o vírus ebola, anunciaram nesta terça-feira (1º) as autoridades locais, que procuram determinar a origem da contaminação.
Essas pessoas foram isoladas em Sella Kafta, na região de Kambia (noroeste), porque serem consideradas de “alto risco”, uma vez que tiveram contato com os novos casos de ebola, uma vendedora falecida em 28 agosto, explicou Ibrahim Sesay, chefe da célula de crise do Centro de Controle Nacional do Ebola (NERC).
“Estamos realizando uma investigação epidemiológica para determinar a fonte de contaminação. O que sabemos até agora é que a mulher estava doente havia entre cinco a dez dias sem que ninguém reportasse o caso”, informou o serviço de alerta anti-ebola.
“O ebola comporta-se como o principal ator de um filme de terror: acreditamos tê-lo vencido e de repente ele retorna”, lamentou Sesay.
Segundo os moradores contatados pela AFP, o ressurgimento do ebola mergulhou a vila e as comunidades vizinhas no desânimo.
“Nós respeitamos todas as restrições para livrar nossa comunidade de ebola, mas não conseguimos e agora o local voltou a contagem regressiva”, lamentou Sampha Mansaray, um agricultor sexagenário.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um país é declarado livre de ebola 42 dias – duas vezes o período máximo de incubação – após o último caso conhecido.
Serra Leoa esperava estar no caminho certo depois de o último paciente com ebola tratado com sucesso no país deixar o hospital em 24 agosto.
Segundo moradores e fontes independentes, a vendedora não teria viajado recentemente à Guiné ou Libéria, países também afetados pela epidemia.
Esta epidemia é a mais grave desde a identificação do vírus na África Central, em 1976. Desde o final de 2013, ela fez cerca de 11.300 mortes em pouco mais de 28.000 casos – essencialmente na Guiné, Serra Leoa e Libéria, segundo a OMS.
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